RAFAEL GROSSI DIZ AOS CONSELHEIROS DA AGÊNCIA ATÔMICA QUE OS ATAQUES DE ISRAEL NÃO DESTRUÍRAM O CENTRO NUCLEAR DE NATANZ
O Diretor Geral da Agência de Energia Atômica, o argentino Rafael Grossi, deixou um mistério no ar sobre a realidade da destruição das instalações nucleares iranianas. Ele contestou as informações das Forças Armadas Israelenses (IDF) sobre esses níveis de destruição. As IDF disseram que tiveram sucesso em atingir e destruir as instalações nucleares de Natanz, tanto na superfície quanto no subsolo, a cerca de 50 metros abaixo do solo, incluindo a crucial frota de centrífugas. Para Grossi, Israel não conseguiu destruir a frota de centrífugas de enriquecimento de urânio do Irã em uma instalação subterrânea em Natanz. Ele reconheceu que as IDF tiveram sucesso em destruir as instalações nucleares na superfície, danificando a rede elétrica que alimenta as centrífugas subterrâneas e causando contaminação das instalações subterrâneas.
Em resposta, fontes da IDF disseram que acreditam que Grossi está errado. Anteriormente, a IDF havia dito que havia conseguido atingir e destruir os centros nucleares de Natanz, tanto na superfície quanto no subsolo, incluindo a crucial frota de centrífugas.
Mas, na reunião de governadores que formam o conselho da agência, Grossi afirmou que: “Não houve danos adicionais no local da Usina de Enriquecimento de Combustível de Natanz desde o ataque de sexta-feira, que destruiu a parte aérea da Usina Piloto de Enriquecimento de Combustível, uma das usinas nas quais o Irã estava produzindo urânio enriquecido até 60% U-235. A infraestrutura elétrica da instalação, que incluía uma subestação elétrica, um prédio principal de fornecimento de energia elétrica, além de geradores de emergência e de reserva, também foi destruída.”
Grossi também alertou para um outro problema: “O nível de radioatividade fora do local de Natanz permaneceu inalterado e em níveis normais, indicando que não há impacto radiológico externo deste evento na população ou no meio ambiente. Na instalação de Natanz, há contaminação radiológica e química. Considerando o tipo de material nuclear presente nesta instalação, é possível que isótopos de urânio contidos em hexafluoreto de urânio, fluoreto de uranila e fluoreto de hidrogênio estejam dispersos dentro da instalação.”
Rafael Grossi esclareceu que “a radiação, composta principalmente por partículas alfa, representa um perigo significativo se o urânio for inalado ou ingerido. No entanto, esse risco pode ser controlado de forma eficaz com medidas de proteção adequadas, como o uso de dispositivos de proteção respiratória dentro das instalações afetadas. A principal preocupação dentro das instalações é a toxicidade química do hexafluoreto de urânio e dos compostos de flúor gerados em contato com a água.” Nenhum dano foi observado no local da Usina de Enriquecimento de Combustível de Fordow ou no reator de água pesada de Khondab, que está em construção. A usina nuclear de Bushehr não foi alvo nem afetada pelos ataques recentes, assim como o Reator de Pesquisa de Teerã.
Não destruiu ainda. Para com isso Grossi, urânio não irradiado é inócuo, inofensivo. Partículas alfa não passam por uma folha de papel. Em vez disso ofereça a AIEA para guardar o estoque de Urânio enriquecido pelo Irã a 60%, um passo atrás de 95+% e viaje à Teerã e recomende ao aiatolá destruir suas centrífugas. ONU serve pra isso.
Mas faça logo Grassi, antes que o Irã volte aos tempos de Xerxes e Dario.