RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA ABENGOA E PARALISAÇÃO DA OBRA FAZ GOVERNO REVOGAR CONTRATO PARA LINHÃO DE BELO MONTE
A espanhola Abengoa perdeu todos os contratos de concessão da para a construção de nove linhas de transmissão de energia elétrica. O governo federal tomou a decisão de revogar as concessões. A decisão atende a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que fez esta recomendação e foi atendida. O Ministério de Minas e Energia fez a publicação da decisão nesta quarta-feira ( 20). Agora o ministério vai reavaliar as linhas, que levarão a energia da Usina de Belo Monte para o Nordeste. A tendência é que haja uma nova licitação em um novo desenho. Além de Belo Monte, outros empreendimentos prejudicados pela paralisação das obras da Abengoa são as usinas eólicas e solares que dependem das instalações a serem implementadas pelas concessionárias do grupo para o escoamento de energia.
A Abengoa tinha o “pré-linhão” de Belo Monte, que vai escoar a energia da hidrelétrica no Rio Xingu para o Nordeste. A linha tem 1,8 mil quilômetros de extensão, c e precisará de investimento de R$ 1,3 bilhão. A construção dessa linha é a que o governo tem mais pressa em resolver e já iniciou os preparativos para fazer um novo leilão. A empresa ganhou a concessão em 2012, e a obra deveria ter ficado pronta em fevereiro deste ano. A empresa espanhola paralisou o andamento de todas as linhas de transmissão que deveria construir no Brasil em dezembro de 2015, quando a holding da companhia pediu recuperação judicial. A subsidiária brasileira da empresa entrou em recuperação judicial em janeiro de 2016. Ao todo, são nove empreendimentos, com mais de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia, cujas obras estão paradas. Os investimentos eram de R$ 7 bilhões e o governo deveria pagar R$ 720 milhões após as linhas entrarem em operação. De acordo com a Aneel, dos nove lotes, apenas um teve as obras iniciadas.
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