RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA CONDUTO DEPENDE DE APROVAÇÃO DE CREDORES | Petronotícias




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RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA CONDUTO DEPENDE DE APROVAÇÃO DE CREDORES

A Companhia Nacional de Dutos (Conduto) é mais uma empresa do setor de óleo e gás, fornecedora da Petrobrás, que vem enfrentando problemas financeiros. Em novembro do ano passado, a justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da companhia, cujas dívidas estão avaliadas em R$ 80.661.750,11, e agora o processo está em fase de receber as manifestações dos credores. O valor ainda não é definitivo, já que pode aumentar ou diminuir, dependendo do montante que for reclamado pelos que têm créditos a receber e pelo andar das negociações.

Os maiores credores da empresa, que se envolveu com dívidas financeiras, tributárias e trabalhistas nos últimos anos, são o Banco do Brasil e o Bradesco, além de uma série de pequenos e médios fornecedores. A dívida da empresa com o Banco do Brasil – o único credor a se manifestar até agora – é de R$ 55.238.383,19, enquanto ao Bradesco a Conduto deve R$ 14.431.645,73.

Os problemas começaram em função de uma série de fatores, como a busca de crédito junto a instituições financeiras, as dificuldades para pagar tributos federais, estaduais e municipais, e os altos investimentos requeridos pelo consórcio formado entre a Conduto e a Egesa – o COEG –, responsável pela implantação dos dutos e das instalações complementares de expedição e recebimento de produtos da Refinaria Abreu Lima (Rnest).

O contrato, fechado com a Petrobrás em dezembro de 2009, no valor de R$ 649 milhões, englobava os serviços de análise de consistência do projeto básico, o projeto executivo, o fornecimento de materiais e equipamentos, a construção civil, as instalações elétricas, a montagem eletromecânica, a preservação, o condicionamento, os testes, o apoio à pré-operação e a operação assistida.

O advogado Arthur Salomão, associado do escritório Costa Ribeiro, Faria Advogados Associados, que foi nomeado pela justiça como administrador judicial do processo, afirma que hoje este tipo de procedimento costuma solucionar a situação.

“A recuperação judicial hoje em dia é um procedimento bem usual. Não é nenhum fim do mundo. Antigamente, quando uma empresa pedia concordata, todo mundo sabia que ela ia quebrar, mas hoje em dia a recuperação judicial é um instrumento legal que geralmente atinge seu propósito. Um exemplo disso é a própria Parmalat, que foi o primeiro grande caso aqui no Brasil e deu certo. É importante deixar claro também que isso só é utilizado por empresas economicamente viáveis, que mostrem que têm capacidade realmente de se reerguer”, afirmou.

Este é o terceiro caso recente de fornecedores da Petrobrás com dificuldades financeiras. Em novembro do ano passado, a Tenace não conseguiu se reestruturar e pediu falência, após uma longa discussão em torno de aditivos em uma obra que a empresa fazia para a estatal. Em janeiro deste ano, foi a vez da GDK pedir recuperação judicial, em processo que ainda se desenrola.

A Conduto foi procurada, mas, até o fechamento da reportagem, nenhum representante da empresa havia respondido às questões do Petronotícias.

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herbeton santana
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herbeton santana

o ki acontecera conosco ex funcionários ki não recebemos nossas recisoes devidamente pela conduto.

hugo
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hugo

vai na justica jovem.
O QUE MAIS ROBAVA ERA O TAKAIOSHI QUE FAVORECIA CERTOS GRUPOS PAGANDO POR MAQUINAS QUE NEM TRABALHAVAM .
ESSE SIM ERA O LADRAO DA COMPANHIA.

elizeu
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elizeu

uma empresa muito boa, trabalhei nela em Angra em uma obra na ponta leste de 2005 á 2008,não tenho nada á que falar desta ótima empresa,mais infelizmente existiam muitos ladrões safados que pensavam só em si,tinham que ir todos pra cadeia,canalhas safados,tiraram os empregos de muitos……

Flamarion Tavares
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Flamarion Tavares

Trabalhei 8 anos na Conduto, saindo em dezembro de 2006. Na transição dos acionistas, houve uma reunião com o grupo que estava saindo que apresentou o grupo que estava entrando. Takaioshi foi um dos que falaram pelos novos acionistas – Ebbo Laenge – e mandou a seguinte pérola: Vamos implantar o mesmo sistema implantado no Equador e que deu certo(?). Nesse momento olhei para o Richard que era o gerente de contratos e falei que algo ali não daria certo; com o passar dos dias, o que eu havia falado se manifestava a olhos nus. Colocaram um Gerente Administrativo e,… Read more »

Angela Kapps
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Angela Kapps

É verdade, Flamarion. Foi uma penúria trabalhar com a nova Direção. Muita arrogância e desdém para com os funcionários antigos, como se nós fossemos os responsáveis pelos problemas da empresa. Mas, até a data da minha saída, abril de 2007, a empresa nunca atrasou um pagamento de salário. Era uma empresa maravilhosa para se trabalhar até o dia em que a nova Diretoria assumiu. Mas, ficaram as boas lembranças de todos os colegas de trabalho e da Diretoria antiga, pela qual, valia a pena nos esforçarmos, no dia a dia.

Roberta Tannuri
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Roberta Tannuri

Pois é… Bem me lembro deste tempo. Apesar de a empresa já estar enfrentando dificuldades, nunca deixou de cumprir com os seus funcionários. O salário estava sempre na nossa conta, fgts e inss recolhidos… Também passei pela gestão do sr. Wilson e conheci bem seus métodos de trabalho. A empresa demitiu toda a contabilidade, profissionais antigos, que conheciam a empresa de cor, e que estiveram desde o início de tudo, para contratar pessoal novo, com salários muito superiores. Assim fez também em outras áreas administrativas. Sai em 2007 também, mas carrego boas lembranças daquela, mesmo que o final não tenha… Read more »

elizeu
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elizeu

é verdade querida,eu sou um dos funcionários de operação da empresa,sou pintor industrial,trabalhei nela uns 2 anos e 6 meses,sempre honrando com seu nome,nunca me faltava pagamento sempre estava certinho,as casas que ficava-mos hospedados eram lindas,em angra dos reis,apenas ficou só a tristeza em meu coração,mais estou torcendo muito e orando por ela,sei que Deus tem muito poder pra levanta-la,e refazer um novo quadro de funcionários honestos,tem que mandar os ladrões pra cadeia,estes filhas da puta safados,que acabaram com os empregos de muitos chefes de famílias assim como eu….

Matheus
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Matheus

Bom com o consórcio Conduto e Egesa o COEG não está tão bom como vocês citaram estamos numa crise pessada dívidas salários até mesmo rescisões de mêses tudo atrasado vejo que o principal problema é a mal administração de ambas as partes e muita falta de informações aos funcionários a obra aqui está rodando um dia de cada vez. Sem sabermos informações do que está acontecendo e isso so faz que os colaboradores pense no pior.

marlo brando
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marlo brando

A PETROBRAS E UMA INRESPONSAVEL NAO SEGURO FATURA NENHUMA PARA PAGAR FORNESEDOR.POR QUE?

coruja
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coruja

trabalhei na Conduto de 1990 a 1998 e era uma empresa boa presidente sentava e confraternizava com todos, depois veio a legião de bandidos ladrões que se aproveitavam da mamata, quem realmente trabalhava não era valorizada e os que roubavam esses sim eram os preferidos, se ela esta agora na situação em que se encontra foi administração errada alguns funcionários que não sabiam de nada das suas funções em que exerciam. espero que ela se recupere pois na epoca em que trabalhei foi bem agradavél e saudosa

Bolota
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Bolota

Eeeeeee ate hoje eu esperei ela ,agora nao da mais e so lá na capa preta ja vai fazer dois anos….tinha 6 anos nela aiaiaiaiiae

os soldadores
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Eu tava em uma obra em angra dos reis eu cupo a petrobas por quer ela tem quer asumí todas as dívidas. por quer ela e a dona da obra enfelismenté quem paga so e o trabanhador e a justiça. desse nosso pais so servem. pra quem tem dinheiro nos trabalhadores nao merece ter seus. direito como trabanhadores. onestó

Alcides
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Alcides

Boa sorte pra Conduto, a melhor empresa que trabalhei.