REDUÇÃO OBRIGATÓRIA DO ENXOFRE NO COMBUSTÍVEIS DE NAVIOS VAI REFLETIR NO PREÇO DOS FRETES A PARTIR DE 2020
A Organização Marítima Internacional tomou uma decisão histórica e que será um marco na história da navegação moderna: a maioria dos 171 países filiados à OMI decidiu restringir ao máximo as emissões de enxofre causadas pela Indústria Marítima. O acordo vai impor limites baixíssimos de enxofre no combustível marítimo a partir de 2020, contrariando os que esperavam por uma redução mais gradual. Ficou decidido pelos países membros que a concentração de enxofre no bunker marítimo será limitada em 0,5%, ou seja, sete vezes menos do que os 3,5% permitidos atualmente. Os mais críticos alertaram que esta decisão vai aumentar os custos com combustíveis de maneira significativa, num momento em que a indústria marítima vive um momento difícil e não tem condições de pagar por isso. Um aumento drástico no preço do frete marítimo pode causar problemas em muitos negócios que dependem de navios e causar danos aos armadores. Algumas estimativas dizem que o custo desse acordo pode girar em torno de US$ 40 bilhões.
Quase 85 países, que dominam 96% da tonelagem mundial, já começaram a reduzir suas emissões, incluindo os países que mais navios possuem, como Estados Unidos, China, Grécia e Alemanha. A União Europeia está pressionando os países membros a adotar, em conjunto com as medidas que limitam as emissões de enxofre, medidas adicionais para se limitar as emissões de CO2. A navegação ficou de fora do acordo feito no não passado, em reunião realizada em Paris, onde cientistas reforçaram o quanto essas emissões contribuem para o aquecimento global.
Deixe seu comentário