RELATOR AUMENTA PENA DE LULA PARA 12 ANOS DE PRISÃO
O destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a ser decidido nesta quarta-feira (24) e o petista já teve a primeira derrota no julgamento que acontece desde manhã, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. O desembargador João Pedro Gebran Neto (foto) manteve a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Além disso, ele aumentou a pena de 9 anos e seis meses para 12 anos e 1 mês de reclusão.
A leitura do voto de Gebran Neto durou cerca de 3 horas e meia. Em sua decisão, o magistrado apontou que Lula recebeu propina da empreiteira OAS na forma do apartamento do Guarujá e que essa propina foi originada do esquema de corrupção da Petrobrás.
O desembargador afirmou que a OAS pagava propina a dirigentes da estatal Petrobrás e destinava partes da verba ao PT. Em seu entendimento, no caso do tríplex, existe ligação entre as propinas pagas ao partido e ao ex-presidente Lula. “Há prova acima do razoável de que o ex-presidente foi um dos articuladores, senão o principal, do esquema de corrupção. No mínimo, tinha ciência e dava suporte ao esquema de corrupção na estatal, com destinação de boa parte da propina a campanhas políticas”, afirmou o magistrado.
Para Gebran Neto, por mais que não tenha havido transferência formal do imóvel para Lula, o apartamento foi reservado para ele – o que indica uma tentativa de ocultar patrimônio. O desembargador rejeitou todas as questões preliminares apresentadas pela defesa de todos os acusados no processo. A sessão continuará com o voto de mais dois desembargadores. A previsão é de que os trabalhos sejam retomados às 15h.
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