RELATÓRIO DA ABEGÁS APONTA CRESCIMENTO DE 2,2% NO CONSUMO DE GÁS NO MÊS DE MARÇO
Os dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) revelam que o consumo de gás natural no Brasil avançou cerca de 2,2% em março ante mesmo mês do ano passado, com uma alta em quase todos segmentos e maior expansão percentual no uso em cogeração e em comércios e residências. O desempenho aconteceu apesar de um recuo de 2,5% no uso de gás para geração de energia em termelétricas e de uma queda de 2,1% no consumo do insumo como matéria-prima, segundo os dados. O consumo na indústria cresceu 1,36% no período. O setor automotivo foi de 1,66% do setor automotivo e o de 7,27% nas residências. O uso de gás por estabelecimentos comerciais saltou 15,5% na comparação anual, enquanto instalações de cogeração aumentaram o consumo em 22,5%.
Na comparação de março com fevereiro, no entanto, houve um forte recuo de 16,18%, puxado por um uso menor principalmente em térmicas e na indústria, segmentos em que o consumo caiu 31,7% e 6,6%, respectivamente. Já as residências ampliaram a utilização do insumo em 28,7%, seguidas pelas instalações de cogeração, com alta de 22,4%. No trimestre, a alta no consumo foi de 3,3% , com expansão maior nos segmentos comercial (12,16%), automotivo (8,1%) e industrial (3,3%). Por outro lado, houve recuo de 5,7% em residências, de 3,9% no uso do gás como matéria-prima e queda de 0,6% no consumo em termelétricas.
A Abegás ressaltou ainda que apoia os planos do governo Jair Bolsonaro de promover um choque de oferta de gás para reduzir custos da energia para a indústria, defendendo um aumento da concorrência no setor. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse no final de abril que o plano poderia ser apresentado em um prazo de 30 a 45 dias. O presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon, disse que “É preciso que o país adote as medidas corretas que resolvam de fato o principal problema do setor. A falta de diversidade de ofertantes de gás. O exemplo de outros países em que a cadeia de gás era excessivamente concentrada, como Reino Unido e Espanha, mostra que o caminho é criar medidas que aumentem a concorrência na oferta e emitam sinais favoráveis para novos investimentos, fundamental a posição e a integração entre os Ministérios da Minas e Energia e Economia”.
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