RELATÓRIO DA ABIMAQ APONTA QUEDA DE 9,8% NO CONSUMO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM JUNHO
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou o consumo de máquinas e equipamentos no mês de julho e os resultados não foram nada animadores. O consumo despencou no mês, caindo 9,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, ficando em R$ 10,7 bilhões. De acordo com a associação, o momento de incerteza econômica pelo qual passa o país acabou retardando investimentos industriais.
O setor de máquinas para petróleo e energia renovável foi o que apresentou maior queda de exportações do mês de maio para junho, retraindo 45,1%. Se compararmos com relação ao mesmo mês do último ano, o declínio foi de 23,6%. Nesse quesito, o setor de máquinas para agricultura foi o que teve maior redução, de 30,4%, entretanto.
Alguns setores, apesar do momento que vive a indústria, tiveram crescimento de um mês para outro, como o setor de componentes para a indústria de bens de capital (26,6%), infra-estrutura e indústria de base (6%), máquinas para logística e construção civil (21,7%) e máquinas para indústria de transformação (16,5%). Desses, apenas o setor de infra-estrutura e indústria de base apresentou crescimento (2,8%), também com relação ao mesmo período do último ano.
As importações de equipamentos no mês de julho ficaram quase todas no vermelho. Em comparação com o mês de maio, apenas o setor de componentes para a indústria de bens de capital teve crescimento, de apenas 1,8%. Com relação ao último ano, o setor de máquinas para logística e construção civil teve um belo desempenho, aumentando as importações em 32,9 %, mas reduzindo em comparação com maio em 29,1%. O setor de máquinas para petróleo e energia renovável só apresentou quedas no relatório. Com relação ao último ano de 4,7% e em comparação com maio de 15,8%.
“A redução do déficit na balança comercial de máquinas e equipamentos, de um patamar da ordem de US$ 1,5 bilhões mensais para perto de US$ 1,0 bilhão mensal resulta muito mais da redução das importações do que uma melhora nas exportações”, de acordo com o relatório.
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