POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA REPASSES DE CONSULTORIAS LIGADAS À LAVA JATO PARA JOSÉ DIRCEU
O ex-ministro José Dirceu continua sob a mira das investigações da Operação Lava-Jato. A Polícia Federal mapeou o caminho do dinheiro que liga o político, por meio de vários intermediários, ao cartel de empresas envolvidas em fraudes da Petrobrás. Entre os operadores desse processo estaria o dono da empresa Jamp e atual delator na operação, Milton Pascowitch, que teria efetuado pagamentos de propina a Dirceu por meio da empresa JD Consultoria.
De acordo com as análises realizadas pela PF, a Jamp teria repassado ao ex-ministro, entre 2011 e 2012, um total de R$ 1,457 milhão. O laudo aponta para uma intermediação realizada pela Camargo Corrêa. A empreiteira repassou R$ 67,7 milhões a duas empresas do consultor Julio Camargo, a Piemonte e a Treviso, que receberam R$ 22,7 milhões e R$ 45,048 milhões, respectivamente. No mesmo período, as duas companhias depositaram R$ 1,375 milhão para Pascowitch.
Outras seis empresas investigadas no cartel também realizaram pagamentos a Dirceu por meio da JD Consultoria. O montante soma, entre 2010 e 2013, um total de R$ 8,5 milhões. Os depósitos foram feitos pelas companhias OAS, UTC Engenharia, Engevix, Egesa Engenharia e pela própria Camargo Corrêa.
Segundo a defesa do ex-ministro, a empresa prestou consultoria em países da América Latina e da Europa em setores como engenharia, indústria e telecomunicações. Em comprovação de sua atuação no segmento, Dirceu expôs a Justiça os seus passaportes com mais de 100 viagens ao exterior no período de 2006 a 2012.
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