RELATÓRIO DE AMBIENTALISTAS DIZ QUE O TEXAS TEM O MAIOR ÍNDICE DE ACIDENTES COM GÁS NOS EUA

Um grupo de ambientalistas norte-americanos elaboraram um relatório indicando que o Texas é o pior estado dos Estados Unidos quando se trata de acidentes graves com gasodutos de metano, como incêndios e explosões. Comumente referido como gás natural, o metano é usado para cozinhar e aquecer, mas os dutos que o transportam também podem desenvolver vazamentos perigosos, de acordo com o estudo divulgado pelo Environment Texas Research and Policy Center, TexPIRG Education Fund e Frontier Group. De 2010 até o final de 2021, cerca de 2.600 violações de oleodutos ocorreram nos Estados Unidos que foram considerados graves o suficiente para exigir relatórios ao governo federal, de acordo com o estudo. Isso é o equivalente a um a cada 40 horas, segundo os autores. Dos incidentes cobertos nesse período de vários anos, 287 foram registrados no Texas, o que liderou o país em tais acidentes. De acordo com os dados, esses incidentes, que resultaram em incêndios e explosões, mataram um total de 14 pessoas e feriram 58. Na verdade, parece uma constatação meio óbvia, por ser o Texas o maior produtor de petróleo e gás do país.

“Se você olhar para os estados que estavam no topo da lista, são aqueles, como o Texas,  que usam muito gás natural. Isso indica que quando você usa gás, vai vazar”, disse Matt Casale, do Fundo de Educação do PIRG, co-autor do relatório. Os incidentes do oleoduto do Texas acumularam mais de US$ 116 milhões em danos às comunidades por coisas como danos materiais, serviços de emergência e o valor do gás escapado, de acordo com a análise. Esses vazamentos liberaram gás suficiente para ter um efeito equivalente no aquecimento global a 53.700 veículos de passageiros sendo conduzidos por um ano.

O relatório recomenda que os Estados Unidos reduzam sua dependência do gás metano para aquecimento doméstico e cozinhar, bem como geração de eletricidade. Em vez disso, os formuladores de políticas devem acelerar a transição do país para a energia renovável e, enquanto isso, gastar mais dinheiro para consertar vazamentos na infraestrutura de gás existente.