RENATO DUQUE E OUTROS 11 PRESOS DA OPERAÇÃO LAVA JATO SERÃO TRANSFERIDOS PARA PENITENCIÁRIA
As seis celas da carceragem da Polícia Federal em Curitiba ficaram pequenas para o excesso de presos. Ao menos essa foi a conclusão do juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato em primeira instância, que autorizou nesta segunda (23) a transferência de 12 presos para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Além de executivos das empresas OAS, Galvão, Engevix, Camargo Corrêa e Mendes Júnior, o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque também está entre os que vão para o presídio, que é uma penitenciária de regime fechado com finalidades médicas. As transferências vão ocorrer entre terça (24) e quarta-feira (25).
O pedido de transferência foi feito na sexta (20), pela própria Polícia Federal, que disse ter ficado “inviável” manter a atual quantidade de presos na sede, argumentando que alguns presos não podem se comunicar entre si, o que dificulta ainda mais a logística e a acomodação de todos.
O juiz Sergio Moro atendeu ao pedido e afirmou no despacho que não é possível presumir que os presos transferidos venham a sofrer violência por parte de outros detentos, mas fez uma ressalva. “Entretanto, forçoso admitir que, pela notoriedade da investigação, há algum risco nesse sentido, o que justifica colocá-los, por cautela, em ala mais reservada”.
Os presos que serão levados para o Complexo Médico-Penal são:
– Adir Assad, empresário apontado como um dos operadores do esquema;
– Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS;
– Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia;
– Fernando Antônio Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema;
– Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix;
– João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa;
– José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
– José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de doleiro com a OAS;
– Mário Frederico Mendonça Góes, apontado como um dos operadores do esquema;
– Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
– Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás;
– Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior.
SE A CORRUPÇÃO FOCE COMBATIDA DESDA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL,HOJE TERÍAMOS UM PAIS
MELHOR.