REPORTAGEM SOBRE CUSTO COMPARADO DE GERAÇÃO SOLAR E NUCLEAR DE ENERGIA PODE INDUZIR CONSUMIDOR AO ERRO
A Folha de São Paulo publicou hoje (21) uma reportagem sobre um estudo realizado pela consultoria PSR, com sede no Rio de Janeiro, mostrando qual seria o impacto das diferentes fontes sobre a conta de luz. O estudo, diz a Folha, que a conclusão de Angra 3 sairia mais cara para o consumidor do que abandonar o projeto. O levantamento da PSR sobre Angra 3 mediu o efeito sobre a conta de luz ao longo de 35 anos. Mas uma informação importante, não revelada na reportagem, foi sobre quem contratou a pesquisa. Um ponto fundamental para se saber a origem e os objetivos das informações divulgadas. O pedido do estudo foi feito pelo Instituto Escolhas, fundado há pouco mais de três anos, com sede em São Paulo, que defende as fontes renováveis de energia.
A reportagem é frontalmente contrária a conclusão das obras de Angra 3 e chega a envolver a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, como favorável a que Angra 3 seja concluída. A retomada da obra de Angra 3 vem desde os governos de Lula e Dilma Roussef. Vale ressaltar que o estudo da consultoria PSR ainda não está concluído, conforme o diretor da PSR Bernardo Bezerra(foto), responsável pelo trabalho revela: “ Na verdade esse trabalho ainda está em fase de conclusão, o que só vai acontecer no final deste ano.” A comparação entre uma fonte firme e limpa de energia, como uma usina nuclear, e a energia solar, uma fonte intermitente e com um passível ambiental ainda desconhecido, é de difícil comparação. Bernardo Bezerra diz que foram feitas diversos estudos para que fosse feita esta comparação aproximada: “ realizamos alguns estudos para que pudéssemos comparar as duas fontes. Afinal, a energia solar é intermitente e não gera durante a madrugada, por exemplo”. Como o estudo ainda não está concluído não se pode saber ainda se os 12 pontos de subsídios que a energia solar recebe para se desenvolver no país estão sendo levados em conta. Sem eles, não se sabe ao certo o quanto custaria o MWh gerado por estas usinas.
O estudo feito pela PSR não leva em consideração o passível ambiental pela área gigantesca de terras agricultáveis que a energia solar utiliza para gerar uma quantidade muito inferior de energia. A maior usina solar do Brasil, no Piauí, precisa de usar uma área de quase 7 km² para gerar 290 MWh. As três usinas nucleares brasileiras, quando estiverem em funcionamento simultâneo, em apenas 1,5 Km² vão gerar 3,5 GWh. Não há comparações possíveis. Além da área que poderia ser utilizável para outras finalidades, há ainda o grave problema ambiental, normalmente omitido pelos ativistas: o descarte dos painéis solares inutilizados, com metais pesados. Não é à toa que os ambientalistas alemães já iniciaram uma cruzada pela volta das usinas nucleares no país, onde a energia ficou muito cara depois da decisão de se desligar as usinas nucleares.
Artigos como o publicado pela Folha de São Paulo hoje, ainda parece ter o viés da briga política entre Bolsonaro e o jornal, como empresa. Para o bom equilíbrio energético, o país precisa de todas as fontes: nuclear, solar, eólica, hidrelétrica, gás. Tudo que o país pode proporcionar segurança energética para o seu desenvolvimento e tranquilidade aos consumidores. Uma não pode eliminar a outra.
7 Km2 para gerar 290 MWh e 1,5 Km2 para regar 3,5 GWh em quanto tempo? Uma semana, um mês um ano? Parece que se está confundindo unidade de energia (Wh) com unidade de potência (W).
Entendo que Angra3 ocupa uma área de 1,5km2 e geraria 3,5 gwh constante enquanto 7km2 de placa solar seriam responsáveis por 290mwh durante o dia
Watt/hora não watt/semana, watt/mês. Para a mesma potencia gerada nas usinas nucleares, seria necessário 12 usinas solares. Agora multiplique 12 x 7,5 km²… 90 km²!!!
Essa discussão de tipo de geração pega muito pelo emocional das pessoas. Além da questão de área ocupada, intermitência e pouca produtividade, não vejo ninguém questionar o balanço energético da energia solar. Processos de fabricação de vidro e silício precisam de muita energia, e a vida útil destes sistemas é curta, por volta de 25 anos. Em quanto a energia que um painel solar produz durante sua vida útil compensa o que foi gasto para sua fabricação e descarte? E a energia usada para sua fabricação, veio de fontes térmicas ou renováveis? Acredito que cedo ou tarde as pessoas e… Read more »
Acho toda energia renovável sem impacto na natureza ou risco,melhor todas menos carvão termoelétrica hidrelétricas