REPSOL RECORRE À JUSTIÇA INTERNACIONAL CONTRA EXPROPRIAÇÃO DA YPF
A resposta da espanhola Repsol demorou, mas não tardou. Ela iniciou o processo legal contra a Argentina pela expropriação de 51% de sua participação acionária na petrolífera YPF. Uma notificação judicial já foi entregue ao governo de Cristina Kirchner, cumprindo um dos requisitos exigidos pelo Centro Internacional de Arbitragem de Diferenças sobre Investimentos (CIADI), do Banco Mundial. A partir de agora, o prazo para o entendimento entre as parte é de seis meses. Expirado o tempo, o CIADI assumirá o caso que se juntará a outras 29 ações contra a Argentina. Em abril, quando Cristina Kirchner anunciou a expropriação, o CEO da Repsol, Antonio Brufau, estimou que o preço de mercado da participação da espanhola na empresa argentina era de US$ 10,5 bilhões. Brufau avisou que o grupo espanhol exigirá a compensação justa, mas o vice-ministro de Economia argentino, Axel Kicillof, argumentou que a Repsol “esvaziou” a YPF e deixou uma dívida de US$ 9 bilhões. A Repsol tinha um total de 57,43% na YPF. Antes da expropriação, a empresa espanhola sofreu uma série de ataques do governo, como a revogação dos contratos de concessão de 16 áreas em seis províncias. As medidas provocaram uma queda de mais de 70% do valor de mercado da companhia, o que também foi denunciado na ação legal.
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