REPSOL SINOPEC, OURO NEGRO E A PUC RIO AMPLIAM PARCERIA TECNOLÓGICA NO ÓLEO&GÁS
A Repsol Sinopec Brasil, a Ouro Negro e o Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) ampliaram a parceria tecnológica que foi firmada pelas duas empresas e a universidade no primeiro semestre. O novo acordo tecnológico prevê o desenvolvimento de uma ferramenta de perfilagem (TTilt), inserida dentro da coluna de produção (logging through tubing), para avaliação da qualidade do cimento em poços revestidos. Támara García (foto), Gerente de Pesquisa e Inovação da Repsol Sinopec Brasil, disse que “a proposta é ter uma ferramenta que possibilite detectar anomalias do cimento na camada adjacente e não apenas na camada mais próxima à ferramenta, como ocorre com as soluções disponíveis no mercado, evitando assim a remoção da coluna de produção para realizar essa operação”.
Para entender melhor, em uma visão mais simplista, enquanto a tecnologia atual permite que se ‘enxergue’ a integridade do cimento apenas quando este se encontra mais próximo à ferramenta, a solução que será desenvolvida pelos três parceiros possibilitará ter uma ‘visão’ mais potente, indo além de uma única parede. “O potencial é enorme, tanto no abandono quanto nas intervenções de poços”, complementa.
De acordo com o CEO da Ouro Negro, Eduardo Costa, a ideia é que o TTilt seja futuramente incorporado ao Wellrobot, tornando ainda mais autônomo o sistema. A necessidade de realizar intervenções no poço será reduzida, com todos os custos e impactos que essas operações acarretam. Isso porque o robô fica permanentemente instalado no poço, analisando e, repassando os dados continuamente para o topside do FPSO, para um ROV ou mesmo para um AUV que esteja passando pela região para coletar dado. “O TTilt já seria extremamente disruptivo. Sua incorporação ao Wellrobot e todas essas outras possibilidades levariam essa disrupção a um patamar hoje inimaginável, mas perfeitamente possível”, complementa Tamara Garcia.
O professor Arthur Braga (foto), do Departamento de Engenharia mecânica do CTC/PUC-Rio, que conduz essa parceria pela universidade, observa que as operações de tamponamento e abandono (P&A) apresentam enormes desafios técnicos e econômicos para a indústria de óleo e gás: “Para ser permanentemente abandonado, o poço deve ser vedado hidraulicamente de forma a isolar o reservatório e outras formações portadoras de fluido, evitando vazamentos para o seu entorno e potenciais desastres ambientais de larga escala. Daí a importância em desenvolver tecnologias para avaliar a integridade do cimento e sua capacidade de vedação”.
A parceria tripartite é vista como estratégica pela Repsol Sinopec: “O exemplo recente de outras indústrias mostrou que a colaboração entre universidades e empresas de tecnologia trazem resultados mais impactantes. Nesse contexto, a Repsol Sinopec Brasil vem buscando o desenvolvimento de tecnologias desde conceitos fundamentais até a sua aplicação em campo, de modo a atingir inovações realmente disruptivas, que tanto precisamos para nossa indústria”, finaliza Támara García.
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