RESERVA DE PETRÓLEO DOS EUA ULTRAPASSA AS DA RÚSSIA E DA ARÁBIA SAUDITA | Petronotícias




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RESERVA DE PETRÓLEO DOS EUA ULTRAPASSA AS DA RÚSSIA E DA ARÁBIA SAUDITA

gulf-oil-platform-noaaO mundo tem um novo líder na lista de maiores reservas de petróleo: os Estados Unidos. Não bastasse ao país ser a maior potência do planeta, mesmo quando é ameaçado pelo crescimento chinês, agora os americanos também são considerados os maiores detentores do ouro negro sob seu território. Os números são impressionantes e podem gerar dúvidas em muitos investidores, mas são resultado de um extenso levantamento realizado pela consultoria Rystad Energy, que analisou 60 mil campos de petróleo ao redor do globo, ao longo de três anos.

Nas contas da empresa norueguesa, as reservas americanas atualmente chegam a 264 bilhões de barris, superando os 256 bilhões da Rússia e os 212 bilhões da Arábia Saudita, de um total de reservas mundiais somadas em 2,1 trilhões de barris. O principal fator que levou a esse crescimento foi o avanço das técnicas de faturamento hidráulico e da produção de óleo e gás não convencional nos EUA.

De acordo com a Rystad, apenas o Texas possui uma reserva de 60 bilhões de barris de petróleo de xisto betuminoso, o famoso shale. É uma soma que se assemelha às estimativas otimistas para o pré-sal brasileiro e ultrapassa em muito as reservas provadas da Petrobrás, que giram em torno de 16 bilhões de barris recuperáveis.

Os dados divergem dos publicados anualmente pela British Petroleum, em seu BP Statistical Review, no entanto as fontes para o levantamento são diferentes, já que a BP usa apenas informações fornecidas pelas autoridades de cada país. Neste quadro, os EUA ainda estariam atrás de Rússia, Arábia Saudita, Canadá, Iraque, Venezuela e Kuwait.

A maior dificuldade dos EUA para continuar com esse crescimento exponencial de sua produção são os preços do barril, que tiveram quedas drásticas recentemente, chegando a menos de US$ 30, depois de picos de US$ 115, mas agora estão se estabilizando em torno de US$ 50. Ainda assim, muitos projetos em solo americano foram cancelados e sondas paralisadas, pelo alto custo envolvido na exploração não convencional.

Enquanto isso, os países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita, não mexeram em suas produções, por conta do baixo custo de extração, em alguns casos a US$ 10 por barril. A estratégia da OPEP tem se mostrado eficaz na guerra pelo domínio do mercado global, já que uma série de projetos no Canadá, no Mar do Norte e nos EUA voltaram para a gaveta nesse período.

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