RESULTADO DO LEILÃO DA CESSÃO ONEROSA INFLUENCIOU ALTA DO DÓLAR, DIZ PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL
O mercado começou a semana com a notícia da maior cotação nominal do dólar na história do Brasil, que chegou a R$ 4,20 (sem contar a inflação). Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), uma das causas para a valorização da moeda americana foi o resultado do leilão da Cessão Onerosa, realizado no início deste mês.
“O dólar teve um último movimento recente que foi a cessão onerosa, quando agentes do mercado esperavam entrada de recursos maior do que a ocorrida”, declarou Neto, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (19). Como se sabe, a licitação terminou com a arrecadação de R$ 70 bilhões frente a uma previsão de alcançar até R$ 106,5 bilhões.
“Como a entrada não veio na mesma magnitude, tem-se agora uma volta. Isso é parte da explicação; parte é global. Além disso, tem muito exportador e importador segurando também, de forma que recursos estão ficando mais lá fora. São várias explicações. Recentemente, de fato, houve frustração com a Cessão Onerosa. Mas estamos monitorando de perto”, complementou.
DIVERGÊNCIAS SOBRE MUDANÇAS NAS REGRAS DE EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL
Enquanto isso, a Comissão de Infraestrutura (CI) da Casa discutiu hoje o projeto de lei do senador José Serra que estabelece o fim do direito de preferência da Petrobrás nos leilões do pré-sal e abre a possibilidade de oferta de áreas sob concessão dentro do polígono do pré-sal. O debate foi marcado por divergências de opiniões.
De um lado, membros do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Petrobrás se manifestaram favoráveis à ideia de usar o regime de concessão em determinados casos. O secretário-adjunto de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, João José de Nora Souto, acredita que o projeto pode estimular maior competitividade e a exploração de reservas acima do pré-sal, que podem não ser tão atrativas dentro do regime de partilha.
Já os representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) disseram ser contrários à mudança. Eles apontaram que o aparente fracasso das últimas licitações não é causado pelo regime de exploração e sim por uma nova postura estratégica das empresas.
“Há um descasamento entre a velocidade e o ritmo do calendário dos leilões que estão sendo conduzidos no país ao longo dos últimos anos e as estratégias das grandes petrolíferas, que estão desacelerando a recomposição das suas carteiras porque absorveram um volume significativo de recursos do pré-sal ao longo dos últimos anos”, disse o representante da FUP, William Nozaki.
Para justificar a incompetência valem quaisquer argumentos enquanto se desfazem das reservas cambiais e nem assim conseguem conter a desvalorização galopante que impede adoção de políticas de governo profícua . E não é nem através de swaps cambiais e sim de vendas diretas. Com reservas cada vez mais menores vão deteriorando o Brasil e a sua segurança contra crises internacionais por perda de proteção financeira. E alguns aplaudem enquanto ganham rios de dinheiro com especulação cambial. É só rastrear as contas criadas no exterior e quem está especulando com o dólar. E dizem que acabaram com isso prendendo doleiros e… Read more »