RESULTADOS POSITIVOS ESTIMULAM A TECHINT A TER UM ANO AINDA MELHOR DO QUE EM 2018
O país enfrenta diversos desafios e, ao mesmo tempo, conta com capacidade técnica de sobra para lidar com eles. A frase é do Diretor Comercial da Techint, Luis Guilherme Sá, que reflete bem o que o empresariado brasileiro está pensando e como está se posicionando neste nos negócios neste ano, que está comercialmente começando hoje (2), primeiro dia útil de 2019. O Petronotícias conversou com Luis Guilherme, que teve ótimos motivos para comemorar por ter concluído com muito sucesso a entrega da Plataforma P-76, com 71% de conteúdo local. Dentro do Projeto Perspectivas 2019, vamos saber o que ele pensa:
– Como analisa os acontecimentos de 2018 em seu setor?
– Foi um ano de discussões importantes, retomada da confiança e sucesso dos leilões. As discussões em torno do conteúdo local se intensificaram e após ouvir o mercado a ANP definiu percentuais equilibrados, em torno de 40%, para as unidade de produção, para os aditivos dos pedidos de waiver, relativos aos campos da 7ª à 13ª rodada, Libra 1 e 2. Os novos leilões das áreas de exploração de petróleo foram bem sucedidos e trouxeram ânimo para o planejamento de médio a longo prazo e esperança de uma perspectiva melhor para o setor da construção de FPSOs. O mercado está se diversificando, vimos um crescimento saudável da participação do investimento de operadores privados, principalmente estrangeiros, nos últimos leilões, o que é muito positivo. Esses novos investimentos movimentarão o mercado e abrirão as portas para novos contratos.
Para a Techint E&C 2018 foi um marco: entregamos a P-76, com 71% de conteúdo nacional, que gerou 5.000 empregos diretos de qualidade no pico da obra, utilizando 80% de mão de obra local, e mais de 10.000 empregos indiretos na região de Pontal do Paraná. A plataforma vai operar no campo de Búzios 3, produzindo mais de 150 mil barris de petróleo por dia. Foi um orgulho realizar esse projeto grandioso, que mostra a capacidade e a competitividade da indústria nacional, e dá retorno real para a comunidade onde atua.
– Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
– O país enfrenta diversos desafios e, ao mesmo tempo, conta com capacidade técnica de sobra para lidar com eles. Na área da infraestrutura e da construção, um dos principais temas é a necessidade de isonomia para a indústria, já que hoje as empresas nacionais competem em situação de desigualdade, tendo que pagar impostos pesados e arcar com o custo Brasil. É preciso tornar o jogo mais justo, valorizando as empresas que geram emprego e renda para os brasileiros.
O Brasil está hoje no limite da infraestrutura, com uma série de gargalos que precisam ser resolvidos. Por exemplo, hoje o Brasil importa em torno de 500 mil barris de combustível por dia. Imagina se o país voltar a crescer 3% a 4% ao ano?
Com a retomada dos investimentos, liderados pela iniciativa privada, será cada vez mais valorizada a capacidade e confiabilidade de execução de projetos complexos no Brasil. Com o mercado de construção reduzido pela crise, sobraram poucas empresas capazes de atender essas demandas, com possibilidade de reduzir o risco de implantação de seus clientes, cumprindo os requisitos de qualidade e que possuam conhecimento de Brasil. Neste cenário, torna-se crítico o investimentos pelas empresas em inovação, flexibilidade, aumento de produtividade e no comprometimento dos seus profissionais, para que possam ganhar competitividade e atender as novas exigências do mercado brasileiro.
– O que espera do Governo Bolsonaro? Está pessimista ou Otimista?
Estamos na expectativa de que a infraestrutura e o desenvolvimento do país sejam temas tratados com a importância e prioridade que merecem. O Brasil é um país com capacidade de produção e com um quadro técnico competente, que sofre com gargalos industriais. Torcemos para que o novo governo apoie a soberania nacional, gerando renda e milhares de empregos de qualidade, valorizando os profissionais brasileiros e as empresas que investem no país. Investir na indústria nacional é gerar riquezas, tecnologia e fortalecer a cadeia de produtiva no longo prazo, estratégica para o desenvolvimento do país.
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