RETOMADA DA RNEST É ESPERANÇA PARA AUMENTO DE MOVIMENTAÇÕES NO PORTO DO SUAPE
O Plano de Negócios da Petrobrás, lançado em junho, não foi dos mais animadores, no entanto, para o Porto do Suape foi um alento. Segundo o presidente do porto, Thiago Norões (foto), um aumento de mais de 30% nas movimentações é aguardado com a retomada das obras na Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
Norões relatou ter tido um encontro com dirigentes da Petrobrás e representantes do governo de Pernambuco para discutir as obras da refinaria. Nele, teria sido garantida a conclusão das obras da refinaria até o final de 2018, com custo de mais US$ 1,4 bilhão. Ainda restam ser concluídos o primeiro – em fase final de execução – e segundo – em etapa inicial – trens da refinaria.
A Rnest já está operando, somente com 39% de sua capacidade, e até, o final do ano, a expectativa é que esteja processando 120 mil barris, metade da sua capacidade total. Este aumento será responsável pelo crescimento da movimentação no Suape, que é quase exclusivamente importador e vem sofrendo por conta do alto valor do dólar.
Outro investidor surge no horizonte do Suape, além da Petrobrás: o Bolognesi. O grupo gaúcho pretende implantar uma termelétrica no local, um investimento de aproximadamente R$ 3 bilhões. Uma segunda térmica no local também é provável, de acordo com Norões.
Suape ainda tem cinco terminais a serem concedidos à iniciativa privada, totalizando algo próximo a R$ 2 bilhões. Sozinho, o segundo terminal de contêineres do Suape (Tecon II) representará algo perto de R$ 900 milhões. A demanda pelo empreendimento é muito grande, ainda mais com a ampliação do Canal do Panamá. Com a obra na América Central, Norões espera que Suape se torne um hub portuário na região.
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