RETOMADA DE NEGÓCIOS NA ÁREA DE PETRÓLEO FAZ SURGIR NOVAS OPORTUNIDADES NAS CIDADES DO NORTE FLUMINENSE
O anúncio de alguns negócios na área de petróleo e gás tem feito soprar uma boa brisa de retomada da economia do note fluminense, principalmente nas cidades de São João da Barra, Rio das Ostras e Macaé. Conhecida como a capital do petróleo, Macaé já sente até mesmo o seu mercado imobiliário reaquecer. Uma empresa chegou a colocar a venda dois andares num dos mais importantes prédios comerciais da cidade, o Petro Office, em Imbituba. O complexo do Açu, levou muita riqueza para região e tem a tendência de crescimento é exponencial. Havia rumores da construção de um Spoolbase no Açu, uma obra da TechinipFMC, muito antes mesmo do anúncio na quarta-feira(6) da empresa da conquista de um contrato de quase US$ 1 bilhão, cerca de R$ 3,7 bilhões, para diversos serviços no pré-sal de Santos.
Para lembrar, a TechnipFMC anunciou que venceu uma licitação relacionada ao campo Mero, no bloco de Libra, dentro no pré-sal da Bacia de Santos. Pelo acordo,
a Technip ficará responsável pela engenharia, aquisição e construção de todas as linhas rígidas, bem como a instalação e pré-comissionamento de todos os sistemas de risers e linhas de produção para interligação de 13 poços ao FPSO Guanabara MV 31. O contrato inclui a instalação dos dutos rígidos, risers flexíveis e linha de produção, umbilicais de tubo de aço e outros equipamentos submarinos necessários. No entanto, no caso dos risers flexíveis e umbilicais de tubo de aço, os equipamentos serão fornecidos por terceiros e disponibilizados pela Petrobrás.
Rio das Ostras pode ser um novo centro avançado tecnológico, caso confirmada a instalação de uma empresa da estatal chinesa de tecnologia Huawei, na Zona Especial de Negócios (ZEN). A notícia agitou a economia local e regional foi trazida durante visita de uma comitiva de Rio das Ostras, ao cônsul geral da República Popular da China, Li Yang. O tema do encontro foram os investimentos tecnológicos e a atração de empresas estrangeiras para o município. O diretor da estatal chinesa de tecnologia Huawei, Tyler Du, falou sobre a possibilidade de instalar uma unidade em Rio das Ostras e viu na ZEN uma grande oportunidade,
principalmente pela infraestrutura oferecida e a localização, próxima a BR 101 e o polo offshore. Investimentos e a implantação de empresas chinesas na cidade significará a aceleração do desenvolvimento econômico do município com geração de renda e abertura de novos postos de trabalho. Uma comitiva chinesa deverá fazer uma visita técnica na cidade ainda nesse semestre.
Há muita expectativa também pela construção de mais um porto na cidade. A EBTE Engenharia, empresa que assumiu a gestão do projeto em 2016, entregou ao Inea a documentação que cumpre a instrução técnica exigida nesta primeira fase do licenciamento. O projeto Terminal Portuário de Macaé (Tepor) já está pronto para passar por discussão e avaliação de viabilidade técnica e de impacto ambiental junto à sociedade local. O terminal de apoio offshore incluirá nove berços para supply boats. Também poderá receber navios de longo curso para movimentação de cargas gerais, além de sondas e plataformas para manutenção e descomissionamento.
O Terminal Portuário de Macaé (Tepor) surgiu como um fator importante para o desenvolvimento econômico do município. Será um terminal para atender a necessidade da indústria de apoio às atividades de óleo e gás, além de soluções para transportes de cargas de outros setores. Sua área onshore ocupará um total de até 6 mil m2, e terá espaço para estocagem e armazéns alfandegados. Estão incluídos um Terminal de Armazenamento de Petróleo, com capacidade de 4,5 milhões de barris; Terminal de Armazenamento de Combustíveis, com capacidade de 420.000 m³; Planta de Processamento de Gás Natural, com capacidade de processamento de 60 milhões m3/dia.
O porto contará com dois terminais offshore: O Terminal A, voltado a líquidos e apoio offshore, que será ligado à terra através de uma ponte de 4km e contará com 16,5 metros de profundidade e será composto por dois berços para movimentação de líquidos, ligados por dutos a um terminal onshore de armazenamento de combustíveis, produtos químicos e outros derivados, com capacidade de armazenamento de até 420 mil m³, com um berço para recebimento de para cargas de GNL e uma unidade flutuante de regaseificação, área reservada para implantação de tanques de armazenamento de GNL. Já o Terminal B, para movimentação de petróleo, contará com dois berços de atracação, em condições totalmente abrigadas, com profundidade natural de 27 metros, aptos a receber navios VLCC. Ele terá capacidade para movimentação de até 2 milhões de barris de petróleo por dia.
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