RETOMADA DO PROJETO DE ANGRA 3 SERÁ FUNDAMENTAL PARA O SETOR NUCLEAR BRASILEIRO EM 2018

Dentro do nosso projeto de ouvir pessoas influentes no mercado sobre as perspectivas para o ano que vem, procuramos duas pessoas ligadas especialmente ao setor nuclear. A Presidente da ABEN- Associação  Brasileira de Energia Nuclear – Olga Silmbalista, e também  conversamos com dos assessores especiais da presidência da Eletronuclear, José Luís Freijanes, que tem ajudado ao presidente da empresa, Leonam Guimarães,  na luta para vencer as dificuldades que a companhia está enfrentando. Primeiramente vamos saber de Olga Simbalista como ela está vendo as perspectivas para o setor nuclear em 2018:

1- Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?

– “ O ano de 2017 foi muito difícil para o setor nuclear devido primeiramente pela  Indefinição com relação à retomada de Angra 3. Depois, o  contingenciamento dos orçamentos de institutos de pesquisa, do setor de fabricação de combustível nuclear e do programa de propulsão naval.”

2- Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?

 – “ O equilíbrio das contas públicas e a continuidade dos programas.”

3- Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?

– “ Em princípio, otimista. Em particular,  porque o setor com a  sinalização de retomada de Angra 3, aportes da Eletrobrás, implementação do projeto do reator brasileiro multipropósito e o retorno à produção nacional de concentrado de urânio.”

Agora, vamos saber as opiniões de José Luís Freijanes:

 1- Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor ?

– “ Nosso país passou por um ano bastante complexo, atravessando uma crise que se prolonga há dois anos, com baixos investimentos nas empresas dos diversos setores. Entretanto, alguns indicadores apontam melhoras e boas perspectivas para 2018. No setor nuclear em especial, estamos atuando com muita dedicação para que o projeto de Angra 3 avance e possamos retomar o apoio no desenvolvimento regional dos municípios arredores ao Complexo Nuclear Álvaro Alberto. Temos boas perspectivas nesse sentido, principalmente com a Frente Parlamentar criada recentemente na Câmara Federal.”

 2- Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?

 – “ No meu entendimento, o país precisa ampliar parcerias em diversos setores da economia de forma a ampliar o emprego, reduzir a desigualdade social e melhorar a qualidade de vida das pessoas.”

 3- Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?

– “ Estou bastante otimista, principalmente cm a previsão apontada por pesquisas de entidades nacionais e internacionais, projetando que o Brasil terá um crescimento em 2018, podendo chegar a um aumento do PIB de 3%, relativamente satisfatório haja vista o retrospecto do país nos últimos anos, com fortes quedas do PIB em 2015 e 2016. Creio qe vamos avançar na retomada do crescimento do país.”