RIO DE JANEIRO TEM POTENCIAL PARA GERAR R$ 1 TRILHÃO EM INVESTIMENTOS NO SETOR DE ENERGIA, APONTA FIRJAN
O estado do Rio de Janeiro pode ultrapassar a marca de R$ 1 trilhão em novos investimentos no setor de energia, caso os projetos potenciais identificados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) se concretizem. A estimativa faz parte da publicação “Jornada Firjan pela Transição Energética na Indústria”, lançada nesta quinta-feira (23) durante o evento “Diálogos da Transição”, na sede da federação.
O levantamento foi realizado por meio do Painel Dinâmico de Projetos de Energia da Firjan (link aqui), que reúne dados sobre o avanço e a diversificação da matriz energética fluminense. O estudo completo “Jornada Firjan para Transição Energética no Rio” pode ser acessado neste link.
“Além da atualização do Painel Dinâmico de Projetos de Energia, a publicação apresenta uma visão ampla do panorama energético do estado, consolidando ativos e projetos de múltiplas fontes que estão em operação, em construção ou em fase de planejamento. Esses empreendimentos estão destacados no mapa dinâmico Hub Energético do Rio de Janeiro, que reúne mais de uma centena de projetos nos segmentos de óleo e gás natural, energia e naval”, explica o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
Ao longo da publicação, a federação reforça o conceito da Jornada, que entende a transição energética como um processo global de transformação baseado na diversificação de fontes e na descarbonização industrial. “Esse movimento envolve o aumento da demanda por energia e da competitividade empresarial, o desenvolvimento tecnológico e de competências, os ganhos de eficiência e segurança energética, a redução das emissões e o cumprimento das metas socioambientais — fatores que também contribuem para a melhoria da qualidade de vida da sociedade”, afirma a gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso.
O documento reúne contribuições de outras entidades, destacando o potencial do Rio de Janeiro em diferentes fontes. A EPE apresenta a indústria como elemento central para a eficiência energética e para a adoção de tecnologias que possam redefinir processos produtivos e impulsionar novos mercados. A ABDAN e a ABEN abordam o papel da energia nuclear, especialmente por meio dos Pequenos Reatores Modulares (SMRs), apontando desafios e oportunidades, como dessalinização e produção de hidrogênio.
A COGEN ressalta a importância da cogeração para garantir segurança e resiliência energética, sobretudo em setores de alta demanda como data centers. Já a Enel defende uma transição justa e centrada nas pessoas, com foco em eletrificação, inclusão e digitalização. A Engie posiciona o gás natural como vetor estratégico para uma matriz mais limpa, integrando infraestrutura existente com combustíveis do futuro, como biometano e hidrogênio verde.
A Light Energia apresenta as usinas hidrelétricas reversíveis como pilar da flexibilidade e confiabilidade do sistema. A Petrobras apresenta seu projeto piloto de captura e armazenamento de carbono (CCS) Cabiúnas–São Tomé, e a Transpetro compartilha suas ações de redução de emissões no transporte marítimo, com uso de biodiesel e iniciativas integradas em toda a cadeia logística. Já o escritório Mattos Filho destaca os avanços regulatórios recentes e a necessidade de regulamentação de novas tecnologias, como CCUS e hidrogênio.

publicada em 23 de outubro de 2025 às 17:00 




