RIO PIPELINE TRAZ A SEGURANÇA COMO UM DOS PONTOS IMPORTANTES PARA A REDE DUTOS NO BRASIL
A comunidade dutoviária já pensa no futuro com inovações tecnológicas que começam a ser construídas agora. No primeiro dia da Rio Pipeline 2017, a segurança dos dutos foi o principal tema abordado nas palestras. Especialistas se reuniram para discutir a importância do investimento nesta área. Para o Chairman da Rio Pipeline, Marcelino Guedes, o assunto é uma questão fundamental, pois o sistema de dutos é de extrema importância para o processo de exploração. “A operação do duto não pode falhar. Se acontece, afeta pessoas e o meio ambiente, por isso o investimento em tecnologias de segurança é essencial”, afirmou
Segundo Marcelo Rennó Gomes, consultor da área, a discussão tem que ser constante para manter a qualidade do setor. “As novas tecnologias são importantes para garantir a segurança dos trabalhadores, do meio ambiente e também a continuidade do negócio. Por isso, o investimento deve ser grande neste segmento”, explicou no painel sobre desafios e inovações.
A palestra também contou com a presença do presidente do Pipeline Research Council International (PRCI), Cliff Johnson, que explicou que os dutos são vistos como a principal causa de acidentes na indústria e que, por isso, precisam ter sempre investimento em segurança. “Se fizermos um bom trabalho, ninguém vai saber quem somos. Se errarmos, viramos o centro das atenções. Por isso, sempre precisamos fazer o nosso melhor e ficar ‘escondidos”.
Essa visão pode não ser tão “moderna”. Em muitos países, principalmente de climas frios, os dutos aparentes são muito mais seguros. Há condições de vigilância permanente, quase on line, que evitam roubos, como tem acontecido com frequência nos dutos enterrados da Transpetro, aqui no Brasil. Já há inúmeras tecnologias que podem ser usadas pela Transpetro, por exemplo, que tende a eliminar a zero o número de intervenções em suas linhas para roubos de produtos.
Durante o evento, o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) assinou convênio de cooperação com cinco associações: Abendi (Associação Brasileira Ensaios Não Destrutivos e Inspeção), Abraco (Asssociação Brasileira de Corrosão), ABCM (Associação Brasileira de Ciências Mecânicas), FBTS (Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem) e Abraman (Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos). Para o secretário-geral do IBP, Milton Costa Filho, o acordo irá contribuir significativamente e trazer valor para os associados do Instituto. “Muitas dessas associações nasceram do próprio IBP, que completa 60 anos em novembro. Todas as mudanças que estão acontecendo na indústria e no Brasil mexem com nossas associações e agora precisamos olhar para o futuro, pois há muito o que podemos fazer. É uma nova etapa que se abre. Vamos juntar as mãos e partir para o trabalho”.
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