ROSATOM PREPARA LANCAMENTO DOS REATORES DA PRIMEIRA USINA NUCLEAR FLUTUANTE DO MUNDO | Petronotícias




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ROSATOM PREPARA LANCAMENTO DOS REATORES DA PRIMEIRA USINA NUCLEAR FLUTUANTE DO MUNDO

usinaO lançamento dos reatores na primeira usina nuclear flutuante do mundo, está previsto para o primeiro semestre de 2017.  A usina nuclear flutuante Akademik Lomonosov,  será implantada na região russa de Chukotka, onde a planta ficará ancorada na  costa do Ártico, no Extremo Oriente do país. A nova unidade de geração nuclear da Rússia, que começará a produzir em 2019, demonstra claramente o tamanho os desafios que a humanidade enfrenta para ter  capacidade de gerar energia.  Embora seja um conceito conhecido, o mundo está prestes a ver a primeira usina nuclear flutuante em atividade. A doca, onde a unidade geradora está instalada, foi lançada ao mar no Estaleiro Baltiysky Zavod, no Centro  Industrial  de São Petersburgo, na Rússia, em outubro deste ano.   A usina está equipada com dois reatores de propulsão KLT-40 modificados, fornecendo até 70 MW de eletricidade ou 300 MW de calor. A informação é do braço de geração de energia elétrica da Rosatom, a Rosenergoatom Concern, direto de Moscou.

A Baía da cidade de Pevek, Chukotka tem condições meteorológicas extremamente severas. No inverno, a temperatura despenca para 60 graus negativos, obrigando as instalações  de terra a suportarem o impacto do frio, do gelo e dos fortes ventos na região. São desafios imensos. A planta, que teve seu projeto iniciado em 2007, consistirá na unidade de geração de energia flutuante e as instalações em terra serão para a transmissão de eletricidade, calor e distribuição de água. Quando entrar em operação, no final de 2019, a nova unidade  irá substituir as unidades geradoras da usina nuclear Bilibino e da usina térmica Chaunsky, que atualmente fornecem energia e calor para a Região de Chukotka.   A nova central nuclear terá a capacidade de gerar 75 MW de energia elétrica. Quase o dobro da capacidade de Bilibino. O custo de sua construção está estimada em US$ 480 milhões.

A Usina Acadêmico Lomonosov está atualmente passando por testes de doca no estaleiro Báltico, em São Petersburgo, conhecido por construir navios da frota de quebra-gelos nucleares da Rússia e único estaleiro do mundo  com experiência na construção de reatores navais civis. A unidade de 21.000 toneladas.  A unidade de navegação não tem propulsão e deve ser rebocada para o local onde vai operar. É uma espécie de barcaça com três pavimentos e dez compartimentos. Além de reatores, ela é equipada com instalações de armazenamento de combustível nuclear e também para espaços adequados  os  resíduos nucleares líquidos e sólidos. Essas usinas flutuantes são projetadas para serem  seguras contra terremotos e tsunamis, bem como de ameaças de fusão, já que a  zona ativa do reator está debaixo d’água, a temperaturas baixíssimas.

A tripulação da planta é composta por 70 engenheiros. A equipe estará vivendo na plataforma com todas as comodidades semelhantes a de um hotel de quatro estrelas. Isso faz parte do planejamento para proporcionar  todo conforto aos que estiverem trabalhando na usina. E por um motivo bastante simples: as equipes precisarão  ficar embarcadas durante um ano inteiro. A Usina flutuante terá uma vida útil de até 40 anos de serviço, com três ciclos de funcionamento de 12 anos. Após cada ciclo, a unidade será rebocada para o estaleiro onde serão feitos todos os  reparos necessários, reabastecimento e remoção de resíduos radioativos.

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