ROXTEC VAI PARTICIPAR DA OTC 2017, MAS MANTÉM VISÃO BEM REALISTA DO MERCADO NO BRASIL | Petronotícias




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ROXTEC VAI PARTICIPAR DA OTC 2017, MAS MANTÉM VISÃO BEM REALISTA DO MERCADO NO BRASIL

marceAinda é surpreendente a forte participação das empresas brasileiras no Pavilhão Brasil, tradicional espaço organizado pelo IBP na OTC deste ano. A maior feira de petróleo do mundo,  será realizada em Houston de 1 a 4 de maio e atrai profissionais do mundo inteiro.  As inscrições podem ser feitas diretamente no site da organização ou, para os brasileiros, basta procurar o consulado americano, que tradicionalmente organiza a participação dos empresários que viajam para o Texas. Uma das empresas que acredita na participação do Pavilhão Brasil e vê a presença na OTC como uma boa oportunidade  é a Roxtec. Seu Diretor Geral, Marcelo Campos, que fala ao Petronotícias sobre esta iniciativa:

– Por que decidiu participar do Pavilhão Brasil este ano?

– A Roxtec tem investido no Pavilhão Brasil na OTC Houston há alguns anos e buscamos sempre posicionar nossa marca junto aos principais clientes do segmento de Oil&Gas. Nossa presença no evento é uma forma de mostrar que acreditamos no mercado Brasileiro.

– Como está vendo a retomada da economia, principalmente no setor de petróleo no Brasil?

Na minha opinião, não vejo uma retomada da economia ainda, pois com os atuais índices de desemprego da Indústria, acho que ainda iremos atravessar grandes desafios. Nosso PIB mostrou retração muito forte nos últimos dois anos e não vejo ainda luz no fim do túnel que justifique esse otimismo. O impacto dos desdobramentos da Lava Jato ainda pode jogar o Governo em uma espiral de problemas, com Ministros tendo sido envolvidos nas últimas delações da Odebrecht. Honestamente, acho que ainda podemos ter dias piores do que os atuais.

– Já dá para sentir um novo ambiente propício para negócios?

Não vejo desta forma. O Brasil ainda carece de reformas estruturais que deem sustentabilidade e confiança aos investidores. As regras mudam o tempo todo. Fala-se em leilão em Setembro, mas daqui a pouco um ministro sai, a regra muda de novo e todo mundo fica sem saber o que vai acontecer. A verdade é que temos um problema enorme nas mãos hoje, que é a classe política atual é de péssima qualidade! Um ambiente de negócios saudável, precisa de uma estrutura política sólida, com pessoas ilibadas e de uma capacidade de gestão condizente com as necessidades da sociedade moderna. Hoje somos medievais em termos políticos e  isso afeta a economia como um todo.

– A decisão do governo em quebrar o conteúdo nacional e estimulando levar as obras para o exterior  afeta o seu negócio?

Não penso apenas no meu negócio, mas sim na sociedade como um todo. O Governo demonstrou despreparo para lidar com a questão do conteúdo local,  alegando que a política foi o problema de gestão da Petrobrás, mas isso é extremamente falacioso. A imprensa não especializada comprou esta ideia e jogou a opinião pública contra a verdadeira Indústria. Agora seremos todos penalizados pela modelagem atual e o desemprego virá a reboque. Minha empresa sofrerá como as demais empresas, mas principalmente quem sofrerá mais é o indivíduo que não terá onde trabalhar, porque o Governo decidiu exportar os empregos para o resto do mundo.

– A sua empresa está pronta para atender as necessidades que o mercado de petróleo exige no Brasil?

– A minha empresa é detentora de uma tecnologia única no mundo e não depende de um único segmento, mas o Oil&Gas representa grande parte de nosso faturamento. Atendemos a todos os requisitos de qualidade das IOCs/Petrobrás e estamos constantemente evoluindo nossos produtos.

– É possível concorrer com as empresas estrangeiras fora do Brasil? Por que?

– Os custos de se produzir algo no Brasil são impeditivos.  Resultado de um manicômio tributário, câmbio artificialmente mantido nos níveis atuais e de custos trabalhistas na estratosfera. Empreender no Brasil é coisa de profissional mesmo. Os demais países exportadores tem uma política  cambial que favorece sua indústria para exportação, nada parecido com o nosso Banco Central, que sequer leva isso em consideração. Qual a justificativa para o câmbio sair de R$ 4,20 para R$ 3,00 em menos de 1 ano? Coisa de louco! Enquanto isso, a indústria vai minguando, perdendo competitividade, desempregando, fechando as portas. Não temos como competir contra as empresas do exterior com câmbio desvalorizado e ainda temos nosso Governo que não ajuda.

– Qual é a sua expectativa maior participando do pavilhão Brasil? Negócios no Brasil ou a busca pelo mercado internacional?

– Nosso interesse é posicionamento de nossa marca junto aos principais players do setor. Temos subsidiárias em todos os continentes e não estamos buscando internacionalização, pois cuidamos de um país que ainda tem muitas oportunidades de negócios.

– Você pensa em participar do Churrasco dos Brasileiros promovido pela FGV que deve a cobrar cerca 100 dólares pela participação?

acredito que iremos sim…

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