RÚSSIA REAGE ÀS PRESSÕES, CORTA O GÁS PARA A HOLANDA E PODE FAZER A MESMA COISA COM A DINAMARCA
Diante das pressões da União Europeia, a reação da Rússia foi quase imediata. Ela cortará o fornecimento de gás natural por gasodutos para a Holanda e deixou uma ameaça para a Dinamarca, que pode ser o próximo a deixar de receber o insumo. A GasTerra BV disse que os embarques serão interrompidos, depois de rejeitar os novos termos de pagamento impostos pela Gazprom PJSC e pelo presidente Vladimir Putin. A Orsted da Dinamarca disse que estava preparando-se para um corte, já que a empresa, mais conhecida por seus negócios de energia eólica, também se recusou a ceder. A Rússia impôs novas condições de pagamento às empresas europeias, que incluem a abertura de uma conta em rublos no Gazprombank. Os comerciantes têm acompanhado de perto as disputas de pagamento, com a Gazprom já tendo interrompido o fornecimento para a Polônia, Bulgária e Finlândia como resultado.
Em um comunicado, a GasTerra disse que não vai concordar com as exigências de pagamento da Gazprom. “Isso ocorre porque isso representaria o risco de violar as sanções impostas pela UE e também porque existem muitos riscos financeiros e operacionais associados à rota de pagamento necessária”, explicou. As nações europeias estão divididas sobre como lidar com a demanda de Moscou. As empresas concessionárias responderam ao desafio de forma diferente. Grandes compradores, como a italiana Eni SpA e a alemã Uniper disseram que encontraram uma solução para pagar e esperam que os suprimentos continuem. Existe o risco de que a Gazprom Export pare de fornecer gás para Orsted. Os países ainda podem receber gás natural liquefeito russo, pois as demandas de Putin por rublos cobriam apenas suprimentos da Gazprom. Todos eles também disseram que podem lidar sem o combustível usando alternativas.
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