RÚSSIA VAI AUMENTAR PESQUISAS PARA VENDER HIDROGÊNIO ATRAVÉS DE SUA REDE DE GASODUTOS EM VÁRIOS PAÍSES
A iniciativa que a Rússia está tomando é mais uma comprovação da decisão equivocada da Petrobrás em só focar seus investimentos em petróleo e abandonar e vender todas as suas outras fontes de energia. O Ministério da Energia da Rússia anunciou que a Gazprom foi encarregada de desenvolver um roteiro para produzir hidrogênio limpo até 2024. Como grande parte da economia da Rússia depende da exportação de petróleo, gás e carvão, o país está se movendo decisivamente para se reorientar em direção a um setor de energia muito mais diversificado. Para tanto, a partir deste ano, o governo pretende ampliar-se como fornecedor de hidrogênio, visando fazer com que as exportações do gás mais abundante do mundo representem grande parte de seu setor energético. A vasta rede de oleodutos da Rússia desempenhará um papel fundamental em trazer o hidrogênio limpo para o mercado e, como acontece com as exportações de
combustíveis fósseis tradicionais, a Europa é vista como o principal mercado de exportação.
Em antigos gasodutos, o hidrogênio pode ser misturado a até 20% do gás. A Gazprom estima que em novos oleodutos como o Nord Stream 2 a porcentagem de hidrogênio pode chegar a 70 por cento e está procurando desenvolver e testar uma nova turbina a hidrogênio no próximo ano. A Alemanha achará isso interessante à luz da parceria emergente de energia entre a Siemens e a Gazprom Energy Holding. A Rússia também quer lançar um projeto piloto para trens movidos a hidrogênio, em particular um trem para transportar passageiros para a ilha de Sakhalin, no extremo leste. A Gazprom estima em 2050 o mercado europeu de hidrogênio em 153 bilhões de euros.
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