GAZPROM CORTA FORNECIMENTO PARA EMPRESAS EUROPEIAS E VAI VENDER PARA A CHINA O GÁS QUE OS EUROPEUS NÃO QUEREM MAIS COMPRAR | Petronotícias




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GAZPROM CORTA FORNECIMENTO PARA EMPRESAS EUROPEIAS E VAI VENDER PARA A CHINA O GÁS QUE OS EUROPEUS NÃO QUEREM MAIS COMPRAR

PIPE SIBERO oleoduto que vai levar o gás russo para a China significa que Moscou encontrou uma saída para o energético que a Europa está recusando. As exportações da Gazprom vão avançar, o que pode permitir que ela aperte ainda mais os consumidores da União Europeia. O oleoduto Power of Siberia terá 163 mil quilômetros e estará pronto até 2025. Mesmo antes dos recentes cortes estratégicos no fornecimento de gás pela Rússia, os planos de energia de Moscou previam um aumento nas exportações para a China. A Rússia sabe que precisa diversificar para novos mercados, à medida que a União Europeia reduz a dependência de seus suprimentos. Paralelamente, a demanda da China por gás está crescendo.

Os preços do gás natural na Europa dispararam um dia depois de a Rússia divulgar um conjunto de sanções contra empresas de energia atuantes no continente, que pode pôr o fornecimento ainda mais em risco. A  Rússia  anunciou as sanções contra 31 empresas de energia, entre elas a Gazprom Germania e a EuRoPol GAZ, proprietária do trecho polonês do gasoduto Yamal-Europa, que transporta gás russo para a Alemanha. Outros alvos foram a operadora de armazenamento de gás Astora, e a empresa de exportação e importação Wingas, ambas subsidiárias da Gazprom Germania.

A China está migrando para o gás natural como parte de seu esforço para alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Já é o maior consumidor de gás do mundo eoleoduto compra cerca de 43% de seu gás do exterior, incluindo 89 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás natural liquefeito ( GNL) e 46 bcm de gás canalizado. O consumo anual de gás de 541 bcm da Europa é superior aos 331 bcm da China, mas espera-se que os chineses consumam 526 bcm até 2030.  Estima-se que a demanda chinesa por gás dobrará até 2035, a medida que o consumo de carvão for decrescendo.  Seu consumo anual de gás deverá chegar a 620 bcm até 2040 e ultrapassar o petróleo como principal fonte de combustível até 2050, segundo dados divulgados em pela estatal Sinopec.

A Gazprom da Rússia e a China National Petroleum Corporation (CNPC) assinaram um acordo de US$ 400 bilhões por 30 anos em 2014,   para construir o Power of Siberia , um oleoduto com uma seção de 3.000 quilômetros na Rússia e 5.000 PIPE SIBERIAquilômetros na China. O gasoduto foi lançado no final de 2019 e deve fornecer à China até 38 bcm de gás por ano quando atingir a capacidade total em 2025. A Gazprom disse que espera 10 bcm para a China através do gasoduto em 2021. O foco da Rússia nas exportações de gás para a China é impulsionado em parte pela geografia e economia – e em parte pela política. A China diz que planeja eliminar gradualmente o carvão, caso em que precisará consumir mais gás. O custo dos investimentos russos em dois desenvolvimentos de campos de gás no leste da Sibéria e no gasoduto para o nordeste da China é estimado em US$ 55 bilhões.

O presidente russo, Vladimir Putin, também deu sinal verde para avançar com um segundo gasoduto, Power of Siberia 2, que fornecerá  gás da Península de Yamal, na Sibéria, onde estão as maiores reservas de gás da Rússia.  O novo gasoduto seria capaz de transferir até 50 bcm a mais de gás russo através da Mongólia para a China anualmente. Ele entregaria gás diretamente para as regiões do nordeste daPIPE GAZPROM China, que são as mais densamente povoadas, mas não estaria operacional até 2030. Em dezembro, Putin e Xi Jinping apresentaram uma frente unida em questões como a parceria AUKUS. O  projeto do gasoduto Power of Siberia-2 é central para o relacionamento.

O objetivo da China de desenvolver uma Rota da Seda Polar através dos canais de transporte do Ártico reduz em média 20 dias o trânsito de mercadorias para a Europa quando comparado com a rota pelo Canal de Suez. A empresa de energia russa Novatek concluiu a construção do Yamal GNL,  apesar das sanções dos Estados Unidos e União Europeia, com a ajuda de financiamento chinês, o que resultou em empresas chinesas com mais de 20% no projeto. Até agora, planos de construção de oleodutos transiberianos da Sibéria à China nunca funcionaram devido a diferenças sobre finanças e controle de recursos entre a Rússia e a China, mas a realidade agora é outra.

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