RYSTAD DIZ QUE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA BRASILEIRA AVANÇA E DEMANDA POR HIDROGÊNIO PODE DOBRAR ATÉ 2040 | Petronotícias




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RYSTAD DIZ QUE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA BRASILEIRA AVANÇA E DEMANDA POR HIDROGÊNIO PODE DOBRAR ATÉ 2040

lactec_hidrogenio_blog_capa-scaledA matriz energética do Brasil oferece oportunidades tecnológicas que podem colocar o país na vanguarda da descarbonização em uma ampla gama de segmentos de demanda. A análise é da empresa de pesquisa energética Rystad Energy. Segundo a consultoria, o país tem uma vantagem inicial na transição para energia de baixo carbono em comparação com muitos outros grandes países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A demanda por hidrogênio no país, por exemplo, poderá dobrar até 2040, saindo de 2,5 milhões de toneladas para 5 milhões de toneladas. A Rystad também lembra que o Brasil foi um dos primeiros a adotar biocombustíveis no transporte, gera grande parte de sua energia a partir de usinas hidrelétricas livres de emissões e teve uma atividade industrial moderada – resultando em um perfil de emissão diferente de países onde a indústria e a energia geram gases de efeito estufa emissões.

Ao contrário da maioria dos países, o principal condutor de emissões do Brasil não é o setor de energia. O país já obtém metade de sua energia de fontes renováveis, em comparação com cerca de 15% de fontes renováveis na matriz energética global em 2020. Olhando apenas para a eletricidade, o Brasil gerou 83% de fontes renováveis em 2020, enquanto a média global foi inferior a 30%”, aponta a Rystad.

HYDROGENAinda assim, a empresa aponta que as emissões do país são significativas, principalmente devido à atividade extensiva de plantação e pecuária e uso da terra, mudança de uso da terra e silvicultura (LULUCF) como resultado direto do desmatamento. Agricultura e LULUCF foram responsáveis por quase 64% das emissões do país em 2021, em comparação com uma média global de menos de 20%. Nos últimos quatro anos, as emissões de CO2e no Brasil ficaram em média em torno de 1,5 gigatoneladas (Gt) por ano, ou quase 3,9% das emissões médias do mundo, representando 7,2 toneladas per capita.

A análise afirma ainda que a transição energética implicará uma mudança do uso intensivo de capital e emissões de energia, implicando em desafios para os estados produtores de petróleo. “Cada economia regional exigirá uma abordagem personalizada para ações estratégicas para enfrentar as mudanças climáticas. A transição energética apresenta desafios e oportunidades para os estados produtores de petróleo”, afirmou.

fpsoA Rystad diz que a demanda por combustíveis fósseis provavelmente diminuirá à medida que mais países adotarem fontes de energia renováveis. Isso poderia levar a preços mais baixos do petróleo e do gás, o que teria um impacto negativo nas economias dos estados produtores de petróleo. “Por outro lado, os segmentos de baixo carbono apresentam oportunidades que os estados produtores de petróleo podem aproveitar para diversificar suas economias e reduzir sua dependência do petróleo e do gás”, avaliou.

Por fim, a consultoria avalia que as áreas de baixo carbono no Brasil fornecem múltiplos benefícios e sinergias para o desenvolvimento sustentável de longo prazo do setor de energia. Alguns deles, avalia a Rystad, também são altamente compatíveis com as capacidades, cadeias de valor e infraestrutura existentes devido ao avanço da indústria de petróleo e gás. “Os setores mais compatíveis com a indústria de petróleo e gás e grandes o suficiente do ponto de vista do tamanho do mercado potencial para compensar a queda na criação de valor da indústria do petróleo estarão bem posicionados para o desenvolvimento futuro do setor de energia do Brasil – e fornecerão um efeito cascata para setores adjacentes”, finalizou.

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