SAÍDA DOS ESTADOS UNIDOS DO ACORDO DE PARIS ABALA DAVOS E PODE ESVAZIAR A COP 30 MARCADA PARA BELÉM DO PARÁ
Davos é uma festa. Em épocas do encontro do Fórum Econômico Mundial, na Suíça, a pequena cidade continua a ouvir estórias, sediar reuniões sobre aqueles que creem em uma crise climática e não no próprio ciclo da natureza que se repete de tempos em tempos, e decisões que nunca resolvem nada, a não ser novos encontros turísticos com os ares daqueles que estão ali para “ salvarem o mundo.” Este ano, este topete está menor com a posse e o anúncio de Donald Trump, que tirou os Estados Unidos do acordo de Paris, como se dissesse: “vamos parar com a brincadeira e vamos trabalhar.” Faltam lugares nas primeiras classes e vagas para jatinhos com tantas autoridades presentes. O Brasil, claro, mandou as suas. As figuras de sempre, se repetem, como a Ministra Marina Silva, do meio ambiente. E, desta vez, participa como a futura cicerone da COP 30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará.
A única certeza que podemos ter é que o evento pode sofrer um esvaziamento. Outra certeza é que a exploração da Margem Equatorial para a exploração de petróleo não será liberada até que todos os participantes daquele evento peguem o caminho de casa. Só aí então que o Presidente Lula reunirá coragem de tirar do cargo a sua “Rainha da Floresta,” com quem choramingou lágrimas secas durante a COP28, em 2023. Só aí a Petrobrás irá receber esta autorização: “dril, baby, drill.”
Por enquanto, os técnicos vão continuar enchendo os ouvidos pelas negativas dos funcionários ativistas ambientais do IBAMA, influenciados pelos conselhos das ONGs Internacionais que despejam dinheiro em “pesquisas.” A meses de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), o Brasil tenta se firmar como uma liderança ambiental. Por aqui, o ministro amapaense Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, e o representante da Petrobrás, Giles Azevedo, reuniram-se com os titulares das secretarias vinculadas ao ministério para tratar sobre a parceria que irá impulsionar o desenvolvimento regional. Em mais um encontro para articular a exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial. O objetivo do encontro foi entender os principais desafios atuais e de que forma a Petrobrás poderá atuar, junto com o MIDR, nas questões que envolvem a exploração do gás e petróleo, e nas políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial: “Coordenamos uma reunião para que tenhamos um desdobramento de várias agendas, tanto em relação ao meio ambiente, à questão social e econômica, de conhecimento e de preparação de pessoas para atuarem futuramente nessa cadeia produtiva“, disse Góes.
A partir dessa parceria, o objetivo será promover uma série de ações que vão trabalhar com projetos sociais de capacitação para fazer uma mudança em toda a região e levar investimento. “Considerar cada ator desse processo é fundamental. Desde as comunidades tradicionais, dos municípios, daqueles que empreendem, que querem participar do processo de desenvolvimento até os agentes políticos que tomam suas decisões, são levados em consideração pela Petrobrás e pelo MIDR“, destaca Waldez Góes. Para o ministro, o Brasil terá uma das grandes contribuições no processo de desenvolvimento da Margem Equatorial com transversalidade na indústria e na energia. “Isso será fruto dessa futura frente que a Petrobras irá abrir ali na região Norte do Amapá, a 540 quilômetros da foz do Amazonas.”
Para lembrar, a região da Margem Equatorial, localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, é considerada a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas. Diante disso, um dos grandes lançamentos previstos para esse ano, o Desenvolve Amazônia, terá como um dos seus eixos de atuação a exploração na área. “O Desenvolve Amazônia tem a prospecção de que todas as vocações, seja gás, petróleo, mineração, floresta ou pescado, sejam consideradas e agregadas no processo de desenvolvimento, bem como na distribuição de riquezas e na melhoria da qualidade de vida“, comentou o ministro. De acordo com Góes, os encontros estão servindo para alinhar e antecipar o planejamento dessa ação. “Sua exploração, uma vez autorizada, requer, desde o dia de hoje, uma série de providências e de preparação, além de já estar gerando uma série de oportunidades. Isso será uma agenda permanente aqui no ministério“, reforçou Waldez.
O assessor especial da presidência da Petrobrás, Giles Azevedo, disse que a estatal investirá na região não apenas visando a cadeia do petróleo e gás. “Nós valorizamos as riquezas regionais, como tem na floresta e na costa. A gente valoriza e ajuda a consolidar atividades econômicas que já são características da região e de forma sustentável. Temos que, na verdade, preparar a região para receber esses investimentos que não são poucos. A região requer um cuidado especial por causa da sua biodiversidade e comunidades tradicionais.” Azevedo também ressaltou que a atuação com a comunidade já começou. “Nós estamos integrando o MIDR, que tem um Plano Nacional de Desenvolvimento Regional para a Amazônia. Logo, as políticas da Petrobras têm que se encaixar e aderir a esse Plano Nacional de Desenvolvimento Regional. E é esse o objetivo da nossa reunião com o ministro: fazer essa aderência e começar a trabalhar junto para poder preparar a região para receber esse novo fluxo de investimentos“, concluiu.
Deixe seu comentário