SALÃO DO AUTOMÓVEL MOSTRA CRESCIMENTO DA ALTERNATIVA DO USO DE CARRO MOVIDO A HIDROGÊNIO
A busca pela energia limpa é uma realidade internacional. Diversas pesquisas estão sendo feitas em vários centros de inteligência e laboratórios em vários países. O Salão de Automóveis de São Paulo, que está sendo realizado até o próximo domingo (18), é um microcosmo dessa corrida por energia limpa. Para a Air Liquide, fornecedora mundial em gases, tecnologias e serviços para a indústria e saúde, o uso do hidrogênio como combustível está em um momento de aceleração, com a combinação da oferta crescente de veículos e a contínua expansão da infraestrutura de abastecimento. Essa tendência deve ocorrer, inclusive, no Brasil, em sintonia e complementaridade com a matriz energética renovável disponível no País, sobretudo com a crescente implantação de fontes intermitentes. Fatores ligados principalmente ao aspecto ambiental, associados a ganhos em autonomia e maior conforto na condução do veículo, fazem com que projetos para ampliar o uso dessa fonte estejam em desenvolvimento em diversos países.
O hidrogênio é utilizado para alimentar motores elétricos e pode ser produzido a partir de diversas fontes, como água, gás natural, energia solar, eólica e até mesmo do gás biometano, que pode ser extraído tanto do lixo quanto de outras biomassas, como rejeitos agrícolas. Por essas razões, é considerado um combustível limpo, pois ao término de seu ciclo gera apenas vapor de água, eliminando emissões de dióxido e monóxido de carbono, entre outros poluentes. Além de limpo, o hidrogênio também é uma fonte de energia renovável, quando as fontes de produção (solar, eólica, hidráulica, biometano etc) são igualmente renováveis. A Air Liquide, inclusive, declarou que 100% de seu hidrogênio utilizado para energia será renovável até 2030.
Veículos movidos a hidrogênio chegam a ter autonomia superior a 500 quilômetros, com um único abastecimento. Outro diferencial é a sua maior eficiência como meio de acumular e distribuir energia, o que dispensa, inclusive, o uso de baterias. Aliás, o tempo de abastecimento de um veículo movido a hidrogênio varia de 3 a 5 minutos, vantagem significativa frente aos modelos elétricos movidos a bateria, que necessitam de, em média, 40 minutos para a chamada “carga rápida” e mais de 4 horas para a carga completa. O hidrogênio favorece ainda uma condução mais confortável, com ruído mínimo (praticamente “zero”).
A Air Liquide já atuou em parceria com diferentes montadoras no desenvolvimento de projetos de veículos movidos a hidrogênio, como por exemplo: o Mirai, da Toyota; o Clarion, da Honda; o Nexo e a Tucson, da Hyundai; e o GLC F-CELL, da Mercedes Benz. A empresa atua ainda na instalação de postos de abastecimento de hidrogênio na Alemanha, Canadá, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos (Dubai), Estados Unidos, França, Holanda, Dinamarca e Japão. A empresa também fomenta e apoia serviços de táxis movidos a hidrogênio, em operação em Paris e Seul. Além disso, contribui para que a realização do transporte das Olimpíadas de Tóquio, em 2020, seja feita por veículos movidos a hidrogênio, conforme definido pelo governo japonês.
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