SANDECH APOSTA NA OTC E QUER QUE LEGADO DA LAVA JATO SEJA FAZER NEGÓCIOS SEM CORRUPÇÃO
A Sandech também é outra empresa que vai voltar este ano ao Pavilhão Brasil na OTC. Mesmo diante das dificuldades do mercado de óleo e gás, a Sandech sempre se mostrou otimista. E segue para Houston com a mesma filosofia. Acreditando em desenvolver novos negócios e futuras parcerias. Se diretor, Gustavo Salvato, conversou com o Petronotícias. Além de conhecer novas pessoas, descobrir oportunidades no Brasil e no exterior, para ele a mudança no ambiente de negócios é perceptível e que hoje temos um ambiente de negócios menos corrupto. Ele espera que a Operação Lava Jato deixe como legado a forma de se fazer negócios sem corrupção.
– Por que decidiu participar do Pavilhão Brasil este ano?
– Essa decisão não é de hoje, afinal estamos indo para nossa sexta participação no evento. A OTC Houston tem uma importância muito grande no nosso planejamento estratégico, pois nos permite dar visibilidade internacional à marca SANDECH, reforçar nossa experiência no mercado de O&G e apresentar nosso modelo de negócios inovador ao mercado. Além disto, a OTC Houston conta com um networking diferenciado e de altíssimo nível, o que nos proporciona boas oportunidades de negócios tanto no Brasil como no exterior.
Ao dar esta entrevista eu me recordei da edição de 2015, quando o Petronotícias gentilmente me entrevistou sobre as expectativas da SANDECH com a edição daquele ano. Apesar da crise, nós permanecíamos otimistas e citei que esperávamos dobrar de tamanho; pois bem, não só conseguimos atingir a meta, como mantivemos um crescimento sustentável também no ano seguinte. Para este ano estamos trabalhando duro para manter o fôlego e continuar crescendo – a meta para 2016 é de 30%, sem sacrificar a lucratividade da empresa.
– Como está vendo a retomada da economia, principalmente no setor de petróleo no Brasil?
– Em abril de 2016 nós tínhamos uma combinação perigosa e desastrosa de dois aspectos macroeconômicos importantes para o nosso mercado: o preço do barril brent abaixo dos 40 dólares e uma instabilidade política nunca antes vista no nosso país. Hoje o cenário não é outro, mas está um pouco melhor: a instabilidade política permanece presente, porém menos intensa – pelo menos até tomarmos conhecimento dos últimos desdobramentos da lava jato –, e o preço do brent vem apreciando gradualmente. Aliado a isto nós temos as taxas de juros caindo, o que espero proporcionar um ambiente favorável novamente aos investimentos e, consequentemente, o início de uma retomada no setor.
Como a engenharia está normalmente envolvida na fase inicial dos investimentos, nós sentimos logo o efeito da retração ou da retomada da economia. E posso afirmar que estamos começando a ver sim a retomada dos investimentos e, com os juros caindo, este cenário nos faz sentir otimistas para 2017.
– Já dá para sentir um novo ambiente propício para negócios?
Esta pergunta é bem interessante. Eu diria que a mudança no ambiente de negócios é perceptível e que hoje temos um ambiente de negócios menos corrupto, mas espero e torço para que a lava jato deixe isto como um legado. Precisamos tomar toda esta operação com um marco de ruptura com a antiga forma de fazer negócios, onde alguns empresários e executivos acreditavam piamente que para fazer negócios no Brasil era necessário corromper ou ser corrompido pela classe política.
Aliado ao ambiente de negócios menos corrupto, nós temos a retomada da economia neste primeiro semestre. Pode apostar que no próximo ano nós estaremos falando das taxas de crescimento positivas do país e do setor.
– A decisão do governo em quebrar o conteúdo nacional, estimulando levar as obras para o exterior, afeta o seu negócio?
Afeta porque atuamos fornecendo serviços de engenharia, que abrange desde o projeto do topside até os módulos das plataformas. Assim sendo, se estas obras forem transferidas para o exterior, perderemos essa fatia de mercado. Por outro lado, entendo que a política de conteúdo local pode e deve ser melhorada, principalmente por conta de diferença de competitividade do mercado nacional.
– A sua empresa está pronta para atender as necessidades que o mercado de petróleo exige no Brasil?
Sem sombra de dúvidas. O crescimento orgânico da empresa nos últimos anos reforça a minha afirmação e também mostra que o modelo inovador de negócios da SANDECH é eficiente e de fato agrega valor aos nossos clientes.
A SANDECH conta com uma equipe multidisciplinar completa e com expertise para elaboração de projetos conceituais, básicos e de detalhamento para a indústria de petróleo. Temos em nossa carteira de projetos as principais petroleiras do país.
– É possível concorrer com as empresas estrangeiras fora do Brasil? Por quê?
– Por que não? Nós competimos diariamente e de igual para igual com as maiores empresas de engenharia do mundo (multinacionais do setor) e, segundo opinião dos nossos clientes, a SANDECH não deixa absolutamente nada a desejar. Nosso segredo está justamente em entregar um projeto de altíssimo padrão de qualidade com um custo competitivo, ou seja, prover ao cliente uma relação de custo x benefício bem favorável.
Considerando que somos capazes de replicar o nosso modelo de negócios que temos hoje no Brasil, novas filiais estão no nosso plano para o próximo biênio. Até então, permanecemos competindo com homem-hora nacional e aproveitando o câmbio ainda favorável à exportação.
7- Qual é a sua expectativa maior participando do pavilhão Brasil? Negócios no Brasil ou a busca pelo mercado internacional?
Sempre chegamos na feira com muitas expectativas e esse ano não será diferente, afinal estamos falando do maior evento do setor. Esse ano, em especial, estamos mais focados no desenvolvimento do nosso networking internacional para atuarmos em projetos internacionais. Também tenho expectativa que este ano o movimento no pavilhão brasileiro será maior que no ano passado. A conferir.
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