SÃO PAULO IRÁ MAPEAR POTENCIAL DE BIOMASSA PARA GERAÇÃO ELÉTRICA
A Cesp – Companhia Energética de São Paulo, empresa vinculada à Secretaria Estadual de Energia e Mineração, lançou um projeto de pesquisa e desenvolvimento que prevê a implantação de uma planta de geração a biogás no campus da Unesp em Jaboticabal, a produção de um Atlas Estadual da Bioenergia e uma modelagem para a comercialização da energia gerada. A empresa paulista investirá R$ 3,9 milhões no projeto, que tem a participação na produção das pesquisas a USP e a Unesp, além do apoio da Secretaria de Energia e Mineração. Para dar respaldo ao estabelecimento de rotas tecnológicas no processo de cogeração integrada com biogás, será instalada na Faculdade de Ciências Agronômicas e Veterinárias da Unesp, em Jaboticabal, uma planta de geração a biogás com alimentação a partir de biodigestor anaeróbio. O campus foi escolhido por contar com dejetos animais e uma plantação de batata doce, que servirá como insumo experimental, além de vinhaça proveniente de plantas de cogeração de grande porte localizadas próximo à faculdade.
O projeto de P&D da Cesp, que está registrado na Aneel, terá como um dos produtos o Atlas de Bioenergia do Estado de São Paulo. Serão produzidos mapas temáticos que apresentarão o potencial da biomassa e a respectiva capacidade de geração elétrica e a produção de biogás, de cada biomassa analisada (resíduos da agricultura, agroindústria, silvicultura, resíduos sólidos urbanos, dejetos animais e esgoto). São Paulo tem potência instalada de 5,7 gigawatts de biomassa de cana-de-açúcar. Para o cálculo do potencial e sua representação nos mapas serão consideradas a infraestrutura disponível com rodovias, hidrovias, ferrovias, linhas de transmissão, redes de transporte e distribuição de gás canalizado. Farão parte do estudo as áreas protegidas e a situação da saturação das bacias aéreas, assim como a informação atualizada sobre a geração de energia elétrica das usinas sucroenergéticas ligadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
“Estamos fazendo com que a universidade, com apoio da Cesp, leve a prática das diversas formas de uso das energias renováveis ao mercado. É preciso que se garanta energia para o futuro, por isso temos que trabalhar intensamente para incentivar novas fontes e essa parceria indicará caminhos a serem seguidos. A energia firme, fornecida pelas hidrelétricas, deverá ser cada vez menor. Por isso a importância de se criar novas possibilidades de geração por outras fontes, disse secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles.
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