SBM FECHA ACORDO DE US$ 240 MILHÕES NA HOLANDA POR PAGAMENTO DE COMISSÕES NA ÁFRICA E NO BRASIL

A SBM Offshore fechou um acordo extrajudicial de US$ 240 milhões com o Ministério Público da Holanda, em função de pagamentos de comissões realizados em Angola, Guiné Equatorial e Brasil, entre 2007 e 2011. No Brasil, as acusações giraram em torno de contratos de afretamento de plataformas para a Petrobrás e a estatal chegou a criar uma comissão interna para apurar as denúncias, mas o grupo concluiu que não houve irregularidades. Nesta quarta-feira (12), após as novas informações sobre o acordo na Holanda, a Controladoria Geral da União (CGU) abriu um processo para apurar as suspeitas de pagamentos irregulares em relação a contratos da SBM com a Petrobrás.

No período em que a estatal criou a comissão interna, a SBM foi afastada das concorrências de novos FPSOs para a petroleira brasileira, como as unidades de Tartaruga Verde e de Libra.

Os pagamentos do acordo foram divididos em três partes, sendo a primeira, já paga, estipulada em US$ 100 milhões, e as outras duas em parcelas iguais de US$ 70 milhões, a serem pagas em dezembro de 2015 e dezembro de 2016.

A empresa afirmou também que, como ainda não sabe de que maneira será afetada por todas as investigações em andamento no Brasil, pretende reforçar o diálogo com a Petrobrás sobre o futuro do relacionamento entre as duas empresas.

O processo de investigação que também estava sendo realizado nos Estados Unidos em função do pagamento de comissões foi encerrado, e o acordo com o Ministério Público holandês incluiu a obrigação de várias medidas a serem tomadas pela SBM, como o fortalecimento das políticas internas anticorrupção, a criação de novos postos no conselho de governança da companhia e a decisão de não mais usar representantes de vendas em países onde a empresa tenha uma presença significativa, entre outras ações.

“Agora podemos nos focar no futuro, seguros de que colocamos em vigor uma cultura de compliance avançada, que reflete os valores essenciais da companhia”, afirmou em nota o CEO da SBM, Bruno Chabas (foto).