SBM DÁ NOVOS PASSOS NA CONSTRUÇÃO DO FPSO MERO 2 E INICIA FABRICAÇÃO DO TOPSIDE
A holandesa SBM Offshore conseguiu dois avanços importantes na obra do FPSO Mero 2, que será batizado de Sepetiba. Mesmo com os desafios impostos pela pandemia do coronavírus, a empresa concluiu a colocação da quilha do casco do navio, considerado o marco inicial na construção de qualquer embarcação. Além disso, a companhia anunciou que a fabricação do topside do FPSO foi iniciada na China, no estaleiro Bomesc; e no Brasil, no estaleiro EBR, no Rio Grande do Sul.
Sobre os trabalhos relacionados à construção do navio na China, a SBM declarou que os estaleiros do país “reabriram e estão operando perto da capacidade normal”. Como se sabe, as unidades chinesas foram fechadas no início do ano devido ao surto de coronavírus que atingiu o país nos primeiros meses de 2020. O casco do FPSO está sendo construído no estaleiro CMHI. Enquanto isso, no estaleiro Bomesc, onde está sendo construída parte do topside do navio, a previsão inicial de conclusão de trabalhos é março de 2022. Lá também serão realizadas as atividades de integração dos módulos.
De acordo com o último balanço financeiro da Petrobrás, as obras do FPSO Sepetiba chegaram a 30% de avanço físico no final do primeiro trimestre do ano. A unidade será o segundo sistema de produção definitivo implantado no campo de Mero, no bloco de Libra. O previsto é que o navio-plataforma será interligado a até 16 poços. Atualmente, já existem quatro deles perfurados e dois completados.
O campo de Mero está localizado no pré-sal da Bacia de Santos, a 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. A SBM está realizando o projeto e a construção do casco do navio-plataforma usando o seu programa Fast4Ward, que reduz em até 12 meses a duração da obra. O FPSO terá capacidade de processar até 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) e 12 milhões de m³/dia de gás.
Ainda de acordo com as últimas informações financeiras da SBM, “o processo de financiamento do FPSO Sepetiba está progredindo de acordo com o cronograma de execução do projeto”. O início da produção da embarcação está previsto para 2023.
Este contrato é representativo para a SBM em sua atuação no Brasil, pois marca a volta da empresa ao segmento de fornecimento de navios-plataformas para o mercado nacional. O FPSO Sepetiba vai operar em lâmina d’água de cerca de 2.000 metros e terá características similares ao projeto Mero 1, com algumas otimizações implementadas.
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