SCHNEIDER ELECTRIC CRESCE NO BRASIL E APRESENTA NOVA SOLUÇÃO EM DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA PARA PLATAFORMAS
Um dos maiores desafios para operações de petróleo e gás offshore está na distribuição de energia. Com a necessidade de que a força chegue até equipamentos que ficam no fundo do mar, os equipamentos e soluções são caros e muito específicos. A Schneider Electric, empresa global do setor elétrico e de automação com base na Alemanha, vai apresentar no Brasil uma de suas novidades que já está sendo utilizada em plataformas no Mar do Norte. Trata-se de um módulo elétrico que pode operar em profundidades de até mil metros. A solução, que deve ser aplicada no Brasil visando a aceleração da produção de petróleo e gás na camada pré-sal, também será utilizada em refinarias e outras embarcações, podendo ser adaptada para diversos usos. Para saber um pouco mais sobre esta nova solução e também sobre os projetos da Schneider Electric no Brasil, o repórter André Dutra conversou com o Diretor de Óleo e Gás da Schneider Brasil, Marcello Martins.
Quando o módulo será aplicado nas plataformas offshore no Brasil?
Ainda estamos em fase de desenvolvimento neste aspecto. São produtos muito específicos que têm muita engenharia, tanto o módulo de 400 metros quanto o de mil metros. Trata-se de um projeto pioneiro na Noruega, que precisa ser adaptado para a utilização em campos de exploração no Brasil, onde sabemos que existe uma alta demanda por este tipo de solução.
Também existe interesse de outros setores, sem ser o offshore?
Apesar de o foco ser o offshore, também iremos adaptar a solução para operar em poços onshore, refinarias e até mesmo o gerenciamento de gasodutos. Especificamente no módulo elétrico ainda não detectamos interesse específico, mas como temos uma relação muito estreita de fornecimento de soluções para refinarias e outras operações onshore, acreditamos que a nova solução será bem aceita por este setor.
Que tipo de equipamentos a Schneider fornece para estas operações onshore?
Nós já fornecemos diversos tipos de equipamentos para as refinarias da Petrobrás, especialmente a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), a Refinaria Abreu Lima (Rnest) e a Refinaria de Paulínia (Replan). Mas o destaque fica por conta do sistema de automação que estamos fornecendo para o Comperj, que interliga cerca de 2 mil equipamentos de diversos fabricantes e utilidades, fazendo com que estes equipamentos funcionem por meio de uma rede centralizada.
As soluções da Schneider seguem a lei de conteúdo local?
O conteúdo local sempre foi uma preocupação da Schneider. Nós sempre priorizamos esta questão adaptando soluções globais para o Brasil e utilizando o máximo possível de conteúdo local nelas. Como exemplo, nós temos o fornecimento de soluções para montagem e engenharia da P-53, em 2005, que teve 85% de conteúdo local.
Como são realizados os projetos da Schneider no Brasil?
Os projetos são analisados caso a caso, de acordo com a necessidade do cliente. Nós fazemos a cotação dos equipamentos e otimizando o trabalho em termos comerciais e técnicos. Inclusive nós sempre buscamos a interação com as equipes da Schneider em outros países para realizar o melhor projeto possível. Um dado interessante é que, no setor de óleo e gás em geral, a Schneider Brasil já alcançou a Schneider Estados Unidos em termos de faturamento.
Sobre os projetos atuais, o que a Schneider Electric está realizando?
Nós estamos fabricando dois módulos elétricos em nossa fábrica em Blumenau (SC), similares aos de plataformas, para serem utilizados na aplicação em refinarias e diferentes setores industriais. Além fornecer os módulos, nós iremos fazer a instalação deles nos sistemas de automação da Reduc e da ELX. Estes módulos facilitam a instalação de novos sistemas de automação e também a manutenção dos já existentes.
Deixe seu comentário