SEBRAE VAI CAPACITAR MAIS 90 EMPRESAS DO SETOR DE ÓLEO E GÁS PARA O MERCADO INTERNACIONAL
O Sebrae-RJ começou em 2009 o Programa de Internacionalização da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás, chamado Prointer P&G, pensando em como tornar as empresas brasileiras mais preparadas e competitivas. A idéia do programa, que no primeiro ano fomentou US$ 380 milhões e no ano passado movimentou US$ 860 milhões, é ajudar as companhias tanto a se posicionarem no mercado externo, quanto a competirem com as estrangeiras no mercado local. A gerente do Prointer P&G, Miriam Ferraz, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou que prevê US$ 1,2 bilhão em negócios gerados a partir do programa em 2012, com uma nova turma de 90 empresas, além das 245 que já foram beneficiadas.
Como surgiu o Prointer P&G?
Começou em 2009, com o objetivo de fazer a inserção competitiva de empresas no mercado internacional e de trazer novas tecnologias aplicáveis aos bens e serviços destas empresas, para se tornarem mais competitivas no mercado local também. Inclusive esse é o foco: torná-las mais competitivas.
Como é estruturado o programa?
Temos alguns pontos estratégicos. Em primeiro lugar, pensamos na inteligência de mercado, buscando informação qualificada sobre quais mercados são interessantes e quais são os potenciais parceiros internacionais. O segundo foco é a qualificação, para que as empresas consigam efetivar a conclusão dos negócios no mercado internacional. Para isso a empresa recebe orientação, consultorias e ajuda para a preparação de um plano estratégico durante um ano. O terceiro ponto de referência é a promoção comercial, com assessoria nossa também, e o quarto foco é a cooperação empresarial, que utilizamos para possibilitar que as empresas troquem informações e cooperem entre si. Também utilizamos a Petrobrás como empresa âncora para estimular negócios e relações comerciais nos países onde ela tem subsidiárias.
Como é o desenvolvimento da exportação, quando este for o foco da empresa?
Além de todos os pontos estratégicos do programa, quando o foco é exportação, aproveitamos uma parceria com a Petrobrás, buscando ampliar o fornecimento de bens e serviços brasileiros nas próprias subsidiárias dela. Isso acontece principalmente na América Latina, onde não há fornecedores locais para todos os tipos de bens e serviços e muita coisa é importada de países como Estados Unidos e China. Nós fazemos um trabalho que tenta ampliar o fornecimento às subsidiárias da Petrobrás e isso acaba abrindo portas para outras operadoras também. Queremos que ao invés de importarem dos Estados Unidos ou da China, passem a importar do Brasil.
Quais os maiores desafios que as empresas enfrentam para se internacionalizar?
Elas precisam melhorar a competitividade, porque hoje, com a vinda de grandes multinacionais, muitas vezes os fornecedores vêm junto, e isso acaba aumentando a competitividade aqui. Se a indústria não estiver preparada para isso, ela perde mercado. Obviamente que quando preparo uma empresa para competir internamente, ela dá um passo para trabalhar no mercado externo também, e isso gera uma cultura de internacionalização. Às vezes as pessoas confundem internacionalização com exportação, mas não é a mesma coisa. Hoje o mercado brasileiro é um mercado global, então é preciso ter essa cultura de um olhar mais ampliado do negócio dentro do mercado globalizado.
Quantas empresas devem entrar para o programa este ano?
Todo ano iniciamos uma nova turma de capacitação e em 2012 queremos inserir mais 90 empresas. Temos aproximadamente 245 companhias beneficiadas, que já concluíram a qualificação e agora se mantêm ligadas a nós pela promoção comercial.
Ao longo do ano em que estão sendo capacitadas, as empresas já participam de missões comerciais?
Comerciais não. No primeiro ano levamos as empresas em missões tecnológicas, para conhecer o que tem de novo, adquirir conhecimento e fazer contatos, mas as missões comerciais só começam a partir da conclusão da capacitação. Ao final do processo, as companhias recebem um certificado e continuam na promoção comercial, participando das missões que fazemos a outros países, onde vamos junto e acompanhamos as negociações, dando assessoria comercial e jurídica, até o final do negócio.
O que estão preparando para a OTC de Houston deste ano?
Devemos levar uma grande delegação para a feira, com cerca de 30 a 40 empresas. Devemos fazer encontros de negócios, seminários, vamos ter um estande de apoio do Prointer, vamos fazer visitas guiadas com o foco tecnológico, além de ajudar as empresas a negociar. A empresa que for conosco já vai sair do Brasil com o roteiro de visita guiada, em que constarão quais estandes que ela tem que visitar e quais tecnologias ela tem que buscar. No estande do Prointer, a empresa pode expor o material dela, terá uma sala para negociação, tudo com nosso apoio e nossa consultoria.
Qual o cronograma de missões internacionais para este ano?
Temos a OTC em maio, nos Estados Unidos; em junho temos uma feira naval na Itália e na Espanha; em agosto e setembro temos uma na Noruega; depois a SMM na Alemanha, e em novembro vamos à Islândia e à Finlândia. Também vamos à Colômbia e ao Peru, porém ainda não definimos as datas. Estamos investindo forte em feiras navais, porque é uma área que o Brasil está crescendo muito e há muita procura, em função da quantidade de embarcações projetadas para o pré-sal.
Quais as estimativas de negócios no ano passado gerados pelo programa e quais as expectativas para este ano?
Em 2011 foram fomentados US$ 860 milhões, e acredito que vamos ampliar bastante esse número, para cerca de US$ 1,2 bilhão em 2012.
Boa Tarde, qual o procedimento para participar do evento oleo e gas, pelo SEBRAE. Já liguei para o SEBRAE e não obtive uma resposta comcreta.
(31) 2112 4000 Cláudia ou Emilio
encaminhe sua questao para mferraz@sebraerj.org.br