SECRETÁRIO-GERAL DA OPEP DIZ NA SEDE DO IBP QUE O PETRÓLEO SE MANTERÁ NO TOPO DAS MATRIZES ENÉRGÉTICAS AINDA POR MUITOS ANOS
Às vésperas da OTC Brasil 2023, uma das principais conferências de tecnologia offshore do mundo e que será sediada que começa na próxima semana no Rio (de 24 a 26) , o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) recebeu em sua sede, em um evento apenas para seus associados, o secretário-geral da Opep, Haitham Al Ghais. Em um painel conduzido pelo presidente do Instituto, Roberto Ardenghy, o secretário-geral da Opep compartilhou previsões para a indústria até 2045, destacando o potencial energético brasileiro: “Vocês são um ótimo exemplo de liderança, com cerca de 60% de energia limpa em sua matriz. O governo e a indústria de energia brasileira compreendem a importância de manter os investimentos porque sabem que o mundo continuará necessitando de um portfólio diversificado e estável de fontes de energia“, disse.
De acordo com a Opep, a demanda global de energia crescerá 23% até 2045, enquanto a economia global dobrará de tamanho e a população mundial ultrapassará 9,5 bilhões de pessoas. Neste contexto, a oferta de petróleo líquido de países não-membros da Opep crescerá robustamente no médio prazo, impulsionada por países como Brasil, Guiana e Estados Unidos. Ele falou dos cenários para o setor nos próximos anos e reforçou que não deve ser feita apenas uma transição energética, mas, sim, várias e de acordo com a realidade de cada nação.
“Nossa indústria mantém a estabilidade do crescimento econômico e da prosperidade por meio do fornecimento constante e seguro de energia. O mundo precisa disso para que os países consigam fazer suas transições energéticas de maneira justa, inclusiva e realista. Os membros da Opep adotam a transição energética. Nós estamos reduzindo as nossas emissões, diminuindo a queima, estamos descarbonizando. E acreditamos que é necessário respeitar o contexto de cada nação para que seja alcançado um objetivo comum a todos”, ressaltou Al Ghais.
O papel essencial da indústria de óleo e gás, responsável por fornecer cerca de 60% da energia primária do mundo com responsabilidade, segurança e responsabilidade ambiental foi destacado pelo presidente do IBP, Roberto Ardenghy. “Nós temos tecnologia, modelos e processos que asseguram a nossa atividade. É por isso que o Brasil produz, diariamente, 3,5 milhões de barris de petróleo, com o diferencial da descarbonização, respeitando o meio ambiente e com enorme prudência.“
O líder da Opep ressaltou que, com mais de 650 milhões de pessoas sem acesso à eletricidade atualmente e com mais de 2 bilhões de pessoas sem combustíveis limpos para cozinhar, a busca por todas as fontes de energia aumentará, com exceção do carvão: “O nosso setor precisará de investimentos de 14 trilhões de dólares até 2045, sendo 11,1 trilhões no upstream, 1,7 trilhão no downstream e 1,2 trilhão no midstream.” Para o executivo, o petróleo permanecerá no topo da matriz energética com a previsão de que a procura aumente em mais de 16 milhões de barris por dia até 2045, um crescimento de 6 milhões de barris por dia em comparação com as perspectivas feitas em 2022. Em termos setoriais, transporte rodoviário, petroquímico e aviação manterão a liderança do aumento da demanda.
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