SEGURANÇA ENERGÉTICA DA UNIÃO EUROPEIA PASSA POR INVESTIMENTOS EM GERAÇÃO NUCLEAR
Os projetos de pesquisa e inovação nuclear (P&I) precisam receber um nível mais alto de apoio financeiro da União Européia a fim de ajudar o bloco a cumprir suas metas climáticas e energéticas, de acordo com um novo documento da Foratom. As instituições da União Europeia estão atualmente trabalhando no desenvolvimento do primeiro plano estratégico que facilitará a implementação do Horizonte Europa e criará vínculos entre seu Programa Específico e os futuros Programas de Trabalho Plurianuais (2021-2024). O plano identificará áreas-chave para o suporte à pesquisa e desenvolvimento.
Mais fundos da UE devem ser alocados nas áreas que oferecem maior valor agregado e que podem, em particular, ajudar a UE a descarbonizar sua economia, afirmou o órgão europeu do comércio nuclear. Além disso, devem ser garantidas sinergias entre os vários programas de I&I da UE, como o Horizonte Europa e a Euratom Research and Training 2021-2025, para permitir a cooperação intersetorial em inovação, acrescentou.
O diretor-geral da Foratom, Yves Desbazeille, disse que os programas Euratom de Pesquisa e Treinamento e Horizonte Europa devem apoiar o desenvolvimento de P&I nuclear, pois isso não apenas ajudará a UE a descarbonizar seu setor de energia, mas também aumentará a segurança energética do bloco, reduzindo a dependência de importações de energia. Várias organizações internacionais destacaram recentemente o papel que a energia nuclear tem na luta contra as mudanças climáticas, observou a Foratom.
O Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas afirma que a energia nuclear é essencial para que o mundo mantenha o aquecimento global abaixo de 1,5 graus. A Agência Internacional de Energia enfatiza que “um declínio acentuado na energia nuclear ameaçaria a segurança energética e as metas climáticas.” A recente visão estratégica de longo prazo da Comissão Europeia para 2050, “Clean Planet for All”, reconhece que a energia nuclear, juntamente com as energias renováveis, formarão a espinha dorsal de uma Europa sem carbono em 2050. Além disso, a Estratégia da União da Energia da UE afirma que “a UE deve garantir a manutenção da liderança tecnológica no domínio nuclear… para não aumentar a dependência de energia e tecnologia”.
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