SEM ACORDO ENTRE PETROLEIROS E PETROBRÁS O IMPASSE SOBRE REAJUSTES SALARIAIS PERMANECE
Não houve acordo e a os sindicatos dos petroleiros, a maioria deles, rejeitou a proposta da Petrobrás encaminhada pelo Tribunal Superior do Trabalho. O sindicato do Rio de Janeiro queria o acordo, mas foi vencido. Agora, está usando uma manobra para reverter o resultado, pedindo para verificar os votos novamente. A proposta final apresentada pelo TST expôs divisão entre os empregados da estatal. As áreas administrativas querem o acordo, mas as operacionais querem greve por não concordarem com o que foi proposta. A federação dos petroleiros alegou ao tribunal que trabalhadores que optaram por um acordo individual não teriam interesse na votação e que esse tipo de acordo influenciaram o resultado, já que empregados com cargos gerenciais estão sendo acusados de promover assédio para influenciar no resultado.
Para a estatal, trata-se de uma tentativa de reverter a derrota. A federação quer agora excluir da conta os trabalhadores que optaram por acordo individual oferecido pela Petrobrás no início do mês, alegando que eles não teriam interesse na votação. Durante as negociações, havia no TST a preocupação de que os sindicatos estariam forçando o impasse para justificar uma greve com motivação política, contra a privatização de ativos da estatal. As federações só decidiram levar a proposta a assembleias após o fim do prazo para decidir a questão. A Petrobrás começou a migrar os contratos para as regras estabelecidas na legislação trabalhista. Dessa forma eles perderão benefícios adicionais, como abono de férias equivalente a 100% do salário ou auxílio para universidade dos filhos. Aqueles que recebem mais de R$ 11.678 e têm curso superior podem optar por um acordo individual, possibilidade criada pela reforma trabalhista, que tem mais benefícios do que a legislação prevê mas é pior do que o acordo do TST. A estatal deu a eles a opção de migrar para o acordo coletivo caso seja aprovado.
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