SEMINÁRIO INTERNACIONAL DEBATE A NECESSIDADE DE AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO NUCLEAR NO PLANO DECENAL DE ENERGIA | Petronotícias




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SEMINÁRIO INTERNACIONAL DEBATE A NECESSIDADE DE AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO NUCLEAR NO PLANO DECENAL DE ENERGIA

DSC_0006Começou esta manhã (12) no auditório da Bolsa de Valores do Rio, a oitava edição do Seminário Internacional de Energia Nuclear, o mais importante evento do setor no país. O evento vai até a próxima sexta-feira(14). Como o Petronotícias previu, o Plano Decenal de Energia, divulgado e posto em audiência pública pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética – foi o principal tema da abertura do seminário, além da retomada das obras da usina nuclear Angra 3. O plano divulgado  privilegiou gerações complementares de energia, como eólica e solar, e as térmicas a gás. Combustível que ainda não temos em quantidade suficiente e que está sendo cobrado a preços quase absurdos e que recentemente foi o responsável pelo aumento nas contas de energia de todo brasileiro.  Para se ter uma comparação, o milhão de BTU que é vendido por US$ 2, nos Estados Unidos, aqui no Brasil custa US$ 20.

A escolha pelo gás também vai de encontro ao Acordo pelo Clima de Paris. O gás é um dos combustíveis mais poluidores da geração de energia. Outro motivo das fortes críticas que a EPE recebeu, foi porque previu  apenas a conclusão de Angra 3, para 2026, quando o prazo, já completamente comprometido pelas paralisações das obras,  era de 2024. Com os financiamentos, juros bancários internacionais, vencendo nesta data, eles teriam que ser prorrogados mais dois anos, causando prejuízos gigantescos. Uma pena o Presidente da EBE, Luiz Barroso, convidado pela o seminário, não ter comparecido. Seria uma chance de ter contato com toda a indústria nuclear presente, e saber por ela,  a real importância de se ter a energia nuclear com uma matriz de geração firme e segura, sem desmerecer as outras fontes de energia. No site da EPE aberto para as discussões,  estão sendo postadas inúmeras ponderações chamando a atenção para este tema. Para o esquecimento quase proposital do trabalho feito pela ABDAN e pela Fundação Getúlio Vargas, que chama a atenção para a necessidade do país ter, pelo menos, 12 novas usinas nucleares até 2050.DSC_0001

Na mesa de abertura sentaram o Presidente da Eletronuclear, Bruno Barreto, o Presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi,  o Presidente da Nuclep,  Almirante Carlos Seixas, e o Presidente do INB João Carlos Tupinambá. A Eletronuclear acredita que nos próximos meses saia uma solução que permita a retomada do canteiro de obras da usina de Angra 3. A empresa trabalha com a hipótese da usina já estar operando em 2024. Há um processo em curso para a entrada de um sócio estrangeiro na usina, que viabilizaria a sua conclusão. Com mais de 60% das obras realizadas, a conclusão da usina se torna essencial, na visão do executivo. “Quem pode decidir está conversando. A Eletrobrás trouxe para si o projeto, ele não está sendo visto como um ativo a parte”, afirmou Barretto.

DSC_0007Entre as candidatas a  investidoras estão a russa Rosatom, a chinesa CNNC e a francesa EDF. Essas empresas são players mundialmente reconhecidos que demonstraram claro interesse em Angra 3. Barretto lembra que a conclusão da usina é importante não apenas pelo lado energético, uma vez que ela vai ser uma térmica na base de grande porte, mas também pelo aspecto econômico financeiro, já que foram contraídos empréstimos junto a bancos públicos que deverão ser pagos: “Qualquer adiamento nesse sentido é uma penalização enorme para o empreendimento, para a Eletronuclear e para a Eletrobrás. Temos que encarar essa realidade”.

Na consulta para o novo Plano Decenal de Expansão, a usina é prevista para 2026, o que contraria o executivo, que trabalha com 2024. o presidente da Eletronuclear debate com a Empresa de Pesquisa Energética

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