SENADO FRANCÊS COMEÇA A VOTAR A EXPANSÃO DO SEU PROGRAMA NUCLEAR NO DIA 24 DESTE MÊS PREVENDO NOVAS USINAS
O Senado francês começou a discutir um projeto de lei destinado a acelerar os procedimentos relacionados à construção de novas instalações nucleares perto de instalações nucleares existentes. Em fevereiro do ano passado, o presidente Emmanuel Macron propôs a construção de seis novos reatores EPR2, com opção para mais oito reatores EPR2 a seguir. O Conselho de Ministros aprovou um projeto de lei destinado a agilizar os processos administrativos e burocráticos necessários para a construção de novas usinas nucleares. Segundo o relatório oficial da reunião de gabinete, o objetivo do projeto de lei é responder à “urgência de uma crise climática que ameaça nossos ecossistemas, nossas sociedades, o futuro das gerações jovens e, por outro lado, de uma crise de soberania e segurança do abastecimento energético em 2022 na sequência do conflito ucraniano”.
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nomeou Daniel Gremillet relator do projeto. O Comitê examinou o relatório de Gremillet no último dia 11 e estabeleceu seu texto no projeto de lei. Incluída nas alterações do Comitê, estava a remoção do objetivo de reduzir a participação nuclear na produção de eletricidade da França para 50% até 2035, bem como a inclusão de pequenos reatores modulares (SMRs) em possíveis tipos de reatores e eletrolisadores de hidrogênio. O Senado começou a deliberar sobre o projeto e está programado para votá-lo em 24 de janeiro. “O texto permite reunir as condições legais, financeiras e organizacionais necessárias para o relançamento de uma política nuclear civil”, disse o Senado em um comunicado.
Além de simplificar os procedimentos administrativos para autorizações de construção de novos reatores, o projeto de lei também revoga os obstáculos ao renascimento da energia nuclear e propõe uma nova estratégia nuclear. Após a votação no Senado na próxima semana, o projeto de lei irá para a Câmara dos Deputados, a Assembleia Nacional, para consideração. A energia nuclear responde por quase 75% da produção de energia da França, mas o governo do ex-presidente francês François Hollande anunciou em 2014 que a capacidade nuclear seria limitada ao nível atual de 63,2 GWe e limitada a 50% da produção total da França até 2025. O presidente Macron anunciou que era o momento certo para um renascimento nuclear na França, dizendo que a operação de todos os reatores existentes deveria ser estendida sem comprometer a segurança e revelando um programa proposto para seis novos reatores EPR2, com opção para mais oito EPR2 a seguir.
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