SENADO VAI DEBATER AMANHÃ PRÓS E CONTRAS A EXPLORAÇÃO DO SHALE GÁS NO BRASIL
O intenso debate sobre o uso da técnica do fraturamento hidráulico (fracking) para a exploração de xisto em solo brasileiro chegará pela primeira vez ao Senado Federal. Em uma audiência pública, marcada para amanhã (14) às 11 horas, especialistas técnicos e autoridades levarão aos parlamentares brasileiros os impactos que a prática pode trazer para a agricultura, economia, saúde e meio ambiente do País. Recentemente, dois estados brasileiros – Paraná e Santa Catarina – sancionaram leis que banem a prática de seus territórios. Em contraponto, os números americanos que colocaram os Estados Unidos como grande exportador de gás a preços muito baratos, além da grande produção de petróleo.
A decisão de realizar uma audiência sobre o assunto partiu da Senadora Soraya Thronicke, em conjunto com a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA), que acredita que debater o fracking é de extrema importância para entendermos como funciona essa “Controversa técnica de extração de gás de xisto. Estimamos apenas desvantagens sobre a técnica e por isso precisamos debatê-la para entender melhor e, de forma técnica, quais são os prejuízos que ela causa ao meio ambiente, à população, ao agronegócio e, consequentemente, a todo o país”, explica Soraya.
A audiência será realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente (CMA). Para entender, o fraturamento hidráulico (fracking) é uma tecnologia utilizada para a extração do gás do folhelho pirobetuminoso de xisto. Para fraturar a rocha e liberar o gás de xisto, empresas privadas que exploram esse recurso fazem uma profunda perfuração no solo para inserir uma tubulação e injetar, sob alta pressão, 35 milhões de litros de água potável, além de areia e mais de 750 ativos químicos e radioativos.
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