SENADORA PROPÕE INVESTIMENTOS DE ESTRANGEIROS NO BRASIL PARA MANTER OBRAS DA P-71 NO PAÍS
A situação do polo naval do Rio Grande (RS) é complicada, tendo em vista os rumores sobre a intenção da Petrobrás de levar as obras da plataforma P-71 ao exterior. A preocupação aumentou ainda mais esta semana, após a reunião com o presidente Michel Temer – que teria o intuito de discutir o assunto – ter sido cancelada. Mesmo assim, as vozes em defesa do polo gaúcho ganharam eco em Brasília. A senadora Ana Amélia (foto), do Partido Progressista (PP), fez um discurso, no plenário, em defesa da manutenção das obras no Rio Grande, ressaltando a importância do projeto para a criação de empregos no Brasil. A parlamentar também sugeriu a entrada de investidores estrangeiros, para que executem a obra em nosso País.
“Por que não atrair os investidores estrangeiros para que venham tocar [as obras] aqui e assumir as empresas que estejam eventualmente envolvidas com a Lava Jato, para que estas toquem esses projetos?”, questionou a senadora. “Eu faço este apelo ao Pedro Parente, que tem, sem dúvida nenhuma, sensibilidade social para entender que o interesse social se sobrepõe ao eventual interesse [da Petrobrás]”, acrescentou.
A senadora se reuniu recentemente com o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), com a prefeita de São José do Norte (RS), Fabiany Zogbi (PSD), com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Torquato Ribeiro Pontes Neto, e com presidente da Fundação da Associação Arranjo Produtivo Local, Renan Guterres. No encontro, os representantes do polo de Rio Grande apresentaram os dados da obra da P-71 (com pouco mais da metade concluída) e rebateram os argumentos de que a indústria nacional atrasa os projetos e tem custos maiores. “O atraso no Brasil é mesmo que em estaleiros estrangeiros. E os valores são semelhantes”, afirmou a senadora. Ana Amélia usou o exemplo da plataforma P-53, construída em Rio Grande e que teve apenas quatro meses de atraso.
Membros do segmento nacional de óleo e gás têm lutado com força contra os argumentos usados pela Petrobrás para levar os empreendimentos para o exterior. Além disso, muitos representantes do setor concordam que existem diferenças brutais entre o modo de produção no Brasil e em outros países, como a China. O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha, é categórico ao falar das discrepâncias entre chineses e brasileiros: “Quando comparamos o Brasil com asiáticos, é preciso considerar que eles trabalham 12 horas com sal grosso e chicote. O Brasil tem legislação protetora a nós todos, trabalhadores. Podemos trabalhar oito horas diárias. A produtividade mostra que em embarcações de apoio estamos tão bem qualificados como asiáticos e noruegueses, os principais desse segmento“, afirmou em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora. Soma-se a isto o fato de que as diferenças nas exigências da Petrobrás para projetos feitos no Brasil e na China são enormes, como mostrou o Petronotícias, o que desqualifica a maior parte das alegações da estatal de que a indústria nacional não teria competitividade.
O encontro com a senadora gaúcha com prefeitos do Rio Grande do Sul e representantes da indústria faz parte da estratégia de manter as obras no polo de Rio Grande. Lindenmeyer e a Frente Parlamentar em Defesa do Polo Naval de Rio Grande viajaram a Brasília com o intuito de se reunirem com senadores do estado para tratar da recuperação de empregos na região, que em tempos de bonança chegou a ter 21 mil trabalhadores dentro do polo naval. A realidade agora é outra: apenas 3 mil pessoas atuam no segmento.
Ana Amélia também ressaltou no plenário do Senado que a cadeia produtiva do polo naval não se limita apenas à construção de plataformas, mas também à geração de empregos diretos e indiretos. “No momento que o Brasil tem 14 milhões de desempregados, o polo naval do Rio Grande deveria ser um grande elemento, uma grande oportunidade para ocupação dos trabalhadores”, concluiu.
Cara senadora. Se houvesse sensibilidade do senhor Pullen Parente, a crise estaria minorada há muito e o setor estaria revitalizado. Ao invés disso ele prefere atingir metas adjetivas de alavancagem de 2,5 numa visão absolutamente rentista e vendendo ativos preciosos a preço de liquidação. Se presidente Temer tivesse o mínimo de sensibilidade em combater o desemprego tal qual a ferocidade e denodo insanos de aprovar as necessárias reformas financeiras e da previdenciária sem a participação do povo, e fazendo comprando e cooptando votos de interesse exclusivo de alguns deputados e senadores ao arrepio dos anseios da população, teríamos um País… Read more »