SEPARADOR SUBMARINO JÁ ESTÁ INSTALADO EM MARLIM E FMC GARANTE SEGURANÇA DO EQUIPAMENTO | Petronotícias




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SEPARADOR SUBMARINO JÁ ESTÁ INSTALADO EM MARLIM E FMC GARANTE SEGURANÇA DO EQUIPAMENTO

Por Daniel Fraiha / Petronotícias

O separador submarino água-óleo (SSAO) desenvolvido pela FMC Technologies começará a funcionar ainda este mês ligado à plataforma P-37, da Petrobrás. A estrutura já está instalada no solo submarino do Campo de Marlim, na Bacia de Campos, desde o dia 18 de dezembro, e agora só espera a conclusão das últimas interligações e os ajustes finais na plataforma para que comece a processar a produção.

O vice-presidente de tecnologia da FMC, Paulo Couto, falou sobre o projeto durante a inauguração do novo Centro Tecnológico da empresa no Brasil. “Sem dúvida é o equipamento mais avançado no mundo em tecnologia submarina”, afirmou Couto.

De acordo com o executivo, o desenvolvimento do separador foi levado em três frentes, sendo uma delas na Holanda, onde há uma unidade da empresa voltada para separação compacta, outra na Noruega, onde a especificidade são os sistemas de controle, e a terceira, e principal, no Brasil, onde foi feito todo o resto do estudo, do desenvolvimento e da fabricação. “Só uma parte da engenharia e a bomba é que foram feitas no exterior, o resto é todo fruto do trabalho no Brasil”, explicou o vice-presidente, comentando que a estrutura apresenta 75% de conteúdo local.

O separador, que pesa cerca de 400 toneladas, é um protótipo desenvolvido em parceria com a Petrobrás, e foi instalado a 900 metros de profundidade, próximo a um poço no Campo de Marlim, que tem capacidade de produção de cerca de 18 mil barris por dia, onde será separado o óleo da água e da areia que vêm misturados durante a extração. O gerente da área de separação submarina da FMC, Leonardo Ribeiro, contou que esse separador foi montado especificamente para o poço onde foi instalado, mas que em projetos futuros a estrutura poderia processar uma quantidade maior de óleo. “A idéia é aumentar a escala de acordo com a necessidade da Petrobrás”, afirmou Ribeiro, referindo-se à montagem de novos separadores.

A tecnologia de separação submarina já é utilizada na Noruega, mas a nova unidade foi instalada à maior profundidade até hoje. Segundo Ribeiro, no país nórdico as estruturas ficam a cerca de 300 metros de profundidade, enquanto essa nova foi desenvolvida para até mil metros.

O gerente da área de separação submarina ressaltou que o equipamento fica localizado entre a árvore de natal e a plataforma, de forma que não aumenta os riscos da operação embaixo d’água. De acordo com Ribeiro, caso haja algum problema com a estrutura, basta que as válvulas da árvore de natal e da plataforma sejam fechadas para que o óleo pare de passar pelos dutos.

A nova tecnologia fará a filtração do óleo, porém ainda não haverá separação do gás em solo submarino. Os executivos da empresa afirmaram que estão estudando novas formas de trabalhar com a separação de gases embaixo d’água de forma segura e ágil.

Focos do novo centro tecnológico

O vice-presidente de tecnologia afirmou que a empresa ainda não possui um separador submarino que possa ser utilizado no pré-sal, mas ressaltou que o novo centro tecnológico, instalado no Parque Tecnológico da UFRJ, na Ilha do Fundão (RJ), terá como um de seus focos a separação submarina. “A Petrobrás está vislumbrando o desenvolvimento de várias tecnologias para o pré-sal, e a separação submarina é uma delas. Ainda não temos um contrato, mas um dos focos do centro tecnológico é trabalhar com separação submarina, pensando no pré-sal”, afirmou Couto.

O novo centro possui duas edificações, divididas entre a engenharia em uma parte e a área para testes em outra. “É um centro bastante raro no mundo, pois incorpora laboratórios de pesquisa e capacidade de fazer testes de integração em escala real”, afirmou o executivo.

De acordo com o vice-presidente, foram investidos cerca de R$ 70 milhões na construção do centro tecnológico, sem contar a parte de recursos humanos, que já possui 200 profissionais em atividade e prevê mais 100 contratações nos próximos dois anos.

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