SERGIO MACHADO ADIA VOLTA PELA SEGUNDA VEZ E FICA CADA VEZ MAIS LONGE DA TRANSPETRO
Mais uma vez, Sergio Machado (foto) vai deixando a volta à presidência da Transpetro para depois. E assim deve continuar enquanto a Petrobrás não publicar o balanço auditado do terceiro trimestre de 2014 e enquanto as denúncias feitas por Paulo Roberto Costa não forem esclarecidas. O novo prazo dado para seu retorno ao cargo é dia 21 de janeiro, o que já foi aprovado pelo conselho de administração da Transpetro.
É a segunda prorrogação que Machado faz, enquanto seu apoio político continua com suas articulações para que o afastamento não seja definitivo. Ele pediu licença do posto no dia 3 de novembro, com prazo de 31 dias, mas estendeu o período por mais 30 dias quando chegou a data. Agora foram mais 18 dias. A empresa não explicou a data específica, mas o que se especula é que este seria o prazo que a Petrobrás estipulou para a publicação de seu balanço auditado. A estatal não disse a data oficial para esta publicação, mas já confirmou que será em janeiro.
A questão que levou a seu afastamento começou quando seu nome apareceu envolvido entre as acusações feitas pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que disse ter recebido R$ 500 mil das mãos de Machado, em função de contratos superfaturados assinados com empresas fornecedoras da estatal.
A denúncia foi feita por Costa em depoimento à Justiça Federal do Paraná e Machado negou veementemente as acusações na época, mas não foi o suficiente para mantê-lo seguro no comando da Transpetro, já que a auditoria PwC não concordou em assinar o balanço da Petrobrás se nele constasse a firma de Machado.
No mercado, já era dado como certo o adiamento da licença, por conta do mesmo motivo que o levou a anunciá-la. Como a Petrobrás não fechou o balanço final do trimestre até agora, a auditoria continuaria não assinado se ele voltasse.
Sua volta vai se tornando uma realidade cada vez mais distante. As negociações políticas continuam acontecendo nos bastidores, mas já apareceram outras menções à Transpetro durante as investigações da Operação Lava Jato, e as disposições de mantê-lo vêm se dissipando no governo. Ele ocupou o cargo desde o primeiro mandato do governo Lula, em 2003, com apoio do PMDB. Enquanto essa situação não se define, a Transpetro é presidida interinamente pelo diretor Cláudio Ribeiro Teixeira Campos, funcionário de carreira da Petrobrás.
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