SERGIO MORO ACEITA NOVA DENÚNCIA DE PAGAMENTO DE PROPINA QUE ENVOLVE A SETE BRASIL
Seis envolvidos na Lava Jato se tornaram réus no processo que apura propinas pagas pelo estaleiro Jurong para construir sondas de exploração do pré-sal. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal em outubro do ano passado, mas só agora foi acatada pelo juiz Sérgio Moro. Segundo a acusação, o empresário Guilherme Esteves, representante do estaleiro, usou contas no exterior para repassar US$ 5,94 milhões em propinas a três ex-dirigentes da Sete Brasil: Pedro Barusco, João Ferraz e Eduardo Musa. Em 2011, a Petrobrás abriu licitação para construção de 21 sondas e a concorrência foi vencida pela Sete Brasil. Em seguida, a Sete Brasil subcontratou cinco estaleiros e dividiu a produção das 21 sondas entre eles. Para ficar com os contratos de 7 dessas sondas, o Jurong teria se comprometido a pagar propinas de US$ 50,8 milhões, mas foi identificado o depósito de US$ 5,94 milhões.
Os procuradores do MPF dizem que Barusco, Ferraz e Musa receberam propina. Os três, que já fizeram delação premiada, disseram nos depoimentos que o combinado inicial previa que o Jurong pagaria somente aos executivos da Petrobrás e da Sete Brasil. Outros três estaleiros, Atlântico Sul, Enseada do Paraguaçu e Rio Grande, pagariam ao PT, através do ex-tesoureiro João Vaccari, e o estaleiro Keppel Fels pagaria ambos. O acordo foi confirmado por Zwi Scornicki, representante do Keppel Fels, que também fez delação, mas o processo aceito pelo juiz Sergio Moro, diz respeito apenas às propinas pagas pelo Jurong aos ex-dirigentes da Sete Brasil.
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