SERGIO MORO MANDA PRENDER O EX-GERENTE DA ÁREA INTERNACIONAL DA PETROBRÁS
O Juiz Sérgio Moro determinou nesta sexta-feira (20) a prisão do ex-gerente executivo da área Internacional da Petrobrás Luis Carlos Moreira, alvo de nova etapa da Operação Lava Jato por ‘boa prova de materialidade e autoria’ e também ‘riscos à ordem pública e à aplicação da lei penal’. A captura do ex-gerente havia sido requerida pelo Ministério Público Federal, no Paraná, em alegações finais. Moreira foi condendo a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Na sentença, o juiz ordenou a prisão do ex-gerente – também investigado por suposto recebimento de propinas na aquisição pela Petrobrás da Refinaria de Pasadena:
“O que se tem, portanto, são provas de macrocorrupção, praticada de forma serial pelo condenado, com graves consequências, não só enriquecimento ilícito de agentes da Petrobrás, mas também de agentes políticos, já que parte do numerário foi a eles destinado”, afirmou Moro. Segundo o Moro, Moreira ‘participou dos crimes de lavagem praticados pelos demais agentes da Petrobrás que receberam recursos desses contratos’. Depoimentos na Lava Jato apontam, afirma o juiz, que o ex-gerente ‘teria ainda participado do acerto de corrupção havido na aquisição da Refinaria de Pasadena pela Petrobrás”
“Há certeza, ainda que sujeita a recursos, de que ele praticou crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, tendo sido um dos arquitetos e beneficiários dos acertos de corrupção nos contratos de fornecimento dos Navios Sondas Petrobrás 10.000 e Vitória 10.000 e ainda um dos responsáveis pelo acerto de corrupção no contrato de operação do Navio-Sonda Vitória 10.000.” disse Sergio Moro em sua sentença.
A Polícia Federal cumpriu em outra operação simultânea dez ordens judiciais relacionadas a uma investigação sobre pagamento de vantagens indevidas a executivos da Petrobrás pelo grupo Odebrecht. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária nas cidades de Recife e do Rio de Janeiro, além de três intimações. Os investigados responderão pela prática dos crimes de associação. No Recife foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do empresário Djalma Rodrigues de Souza
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