SERIMAX ESTUDA NOVAS TECNOLOGIAS DE SOLDAGEM PARA O PRÉ-SAL | Petronotícias




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SERIMAX ESTUDA NOVAS TECNOLOGIAS DE SOLDAGEM PARA O PRÉ-SAL

A Serimax, especializada em soldagem para o setor de óleo e gás, foi adquirida pela Vallourec em 2010 e está com planos de entrar com bastante força nos projetos do pré-sal, que foi um dos motivadores da vinda da empresa francesa para o Brasil. O gerente de desenvolvimento de negócios da Serimax, Rogério Casanova, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou que a empresa investe 5% de seus ganhos em Pesquisa e Desenvolvimento, sendo que um dos focos atuais é uma nova tecnologia de soldagem para águas profundas e ultra profundas.

Quais as principais atividades da Serimax no Brasil atualmente?

Nossa atuação no Brasil começou efetivamente em março de 2010, então começamos marcando encontros com clientes, apresentando trabalhos, propostas e desenvolvendo negócios. Já naquele ano fechamos um contrato com a Shell, em que fornecemos um Jumper (uma estrutura rígida de interligação submarina) para o campo de BC-10, na Bacia de Campos. Em 2011 fechamos dois outros contratos, sendo um para a FMC Technologies, tratando de cinco Jumpers para o campo de Tambaú, na Bacia de Santos, e outro com a Subsea 7, no projeto Norte-Sul Capixaba. O da FMC foi um implemento submarino, já concluído, enquanto o da Subsea 7 é um lançamento submarino, em que fazemos a solda dentro da balsa e vamos lançando ao mar, com prazo para terminar em um mês.

As atividades da Serimax no Brasil são mais focadas em offshore ou onshore?

Temos quatro segmentos de negócio: soldagem offshore, como a do projeto Norte-Sul Capixaba; fabricação de implementos submarinos, que é o caso da Shell e da FMC; soldagem em dutos terrestres; e soldagem de tubos para fazer spools. Mas temos um interesse especial no pré-sal.

A empresa veio ao Brasil em função do pré-sal?

Com certeza o pré-sal foi um dos motivadores, porque a expertise da Serimax vai fazer diferença nos trabalhos que serão demandados. À medida que os campos se tornam mais profundos, os dutos possuem uma maior exigência de requisitos mecânicos e de soldagem, tornando a qualificação e os processos de soldagem muito mais complexas. Então a parte de qualificação de dutos, em termos de soldagem e material, é muito complicada. E o nosso trabalho já vem de muito tempo nessa área, de forma que temos uma boa experiência neste tipo de atuação.

Quais são as expectativas e os projetos pensados para o pré-sal?

O pré-sal dois, que inclui os campos de Guará Norte, Cernambi Sul, Lula Alto e Lula Central, está em fase de recebimento de propostas e é um dos nossos focos. A Petrobrás está licitando as estruturas de produção para os quatro campos e nós estamos com propostas de fornecimento e serviços para as empreiteiras. Esse processo é interessante justamente por tocar nessa parte de águas profundas, em que já temos 400 km de dutos soldados em outros lugares fora do Brasil, como Mar do Norte, África e Europa. Temos uma linha de equipamentos para o pré-sal, assim como para águas rasas, mas as águas profundas no Brasil serão um dos nossos focos de esforços, em função do maior valor agregado e das oportunidades que devem surgir.

Qual a visão da empresa em relação ao conteúdo local?

Estamos aqui por causa do conteúdo local. Os epecistas (que fazem a engenharia, o suprimento e a construção dos empreendimentos), preocupados com essa questão, nos obrigaram a estar aqui. Estamos preocupados com a expertise que trazemos de fora, sendo complementada pelo treinamento e a qualificação de mão de obra local. A intenção é desenvolver os talentos brasileiros. Outro motivador da nossa vinda é que o mercado brasileiro de óleo e gás é grande e está muito forte, e nós obviamente queremos participar.

Qual a estrutura da Serimax aqui?

Temos três gerências, uma comercial, uma de controle financeiro e outra operacional. E como toda empreiteira, temos uma estrutura de mobilização e desmobilização. Como os campos de produção estão distribuídos pelo país, temos que fazer isso em locais próximos de onde será utilizado o equipamento. São obras de três a oito meses, às vezes mais, às vezes menos, mas de curta duração. Então é preciso que tenhamos essa flexibilidade.

Quais são os investimentos da empresa em Pesquisa e Desenvolvimento?

Sempre reinvestimos 5% do ganho em P&D para melhorar a qualidade e  a produtividade de soldagem, reduzir defeitos, pensar em trabalhos ainda vindouros, com o intuito de sempre melhorar as tecnologias e os equipamentos para projetos como os do pré-sal, que demandam soldas mais complexas e com maiores requisitos mecânicos. Uma das novas tecnologias de soldagem é a SCR (Steel Cantenary Risers), que é voltada para águas profundas e ultra profundas.

Há projeto de um centro de pesquisas no Brasil?

Temos um centro de soldagem em Paris, onde fazemos a parte de pesquisa e desenvolvimento, mas por enquanto ainda não pretendemos ter um centro de soldagem no Brasil.

Quais as expectativas para 2012?

Temos dois contratos de fabricação em andamento, que foram jogados para esse ano pelos operadores. Mais dois de água rasa, que devem ser no Nordeste, e um de água profunda, em um dos campos do pré-sal. Todos ainda estão em conversa, por isso não posso citá-los, mas temos boas perspectivas.

 

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Walter Bernardino LemosWyatt Swaimeliane sales Recent comment authors
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eliane sales
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eliane sales

Acho que a maior polêmica tirando a destruição ambiental,quando se fala do pré-sal, é sobre a divisão dos royalties.
Ninguem fala que o lucro pelo qual se briga,os especuladores, os barões do petróleo, e principalmente estrangeiros,ou seja, destruimos o Brasil.

Wyatt Swaim
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Wyatt Swaim

Rogerio, I am trying to get in contact with you… Your friend…. Wyatt Swaim 619-990-3810 usa

Walter Bernardino Lemos
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Walter Bernardino Lemos

Caro amigo Rogério Casanova.

Gostaria de falar contigo. Aguardo seu contato.

Seguem meus números: 41 85348027/41 32481176