SERVTEC ENERGIA ANUNCIA ENTRADA EM GERAÇÃO SOLAR COM USINAS EM SÃO PAULO E BAHIA | Petronotícias




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SERVTEC ENERGIA ANUNCIA ENTRADA EM GERAÇÃO SOLAR COM USINAS EM SÃO PAULO E BAHIA

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Pedro Fiuza - COLHá 20 anos atuando no segmento energético, o grupo Servtec decidiu entrar no mercado de geração distribuída (GD). O primeiro passo nesta nova empreitada será um investimento de R$ 68 milhões em quatro usinas solares – duas em São Paulo e outras duas na Bahia. “Todos [os projetos] devem estar operacionais até o final do ano”, afirmou o CEO da empresa, Pedro Fiuza. Além disso, o executivo ainda revela que outros empreendimentos já estão em estudo e a companhia pode acrescentar mais de 200 MWp de capacidade solar em seu portfólio. Apesar dos novos investimentos em GD, a Servtec também olha com carinho para outras fontes, com possíveis novidades no horizonte. “Pretendemos até 2020 começar a tirar do papel um novo projeto [de energia eólica] de 150 MW”, detalhou Fiuza. “Também temos dois projetos termelétricos prontos para participar de leilões de energia. Um deles é no Espírito Santo, de 920 MW; e outro de 1,7 GW no Maranhão”, acrescentou.

Como surgiu a ideia de entrar na área de geração solar?

Nós entramos no segmento de geração de energia há 20 anos. Como empresa de engenharia, vimos a oportunidade de entrar, primeiramente, no negócio de eficiência energética, depois cogeração e, finalmente, fazer as plantas de geração centralizada. Durante esses 20 anos, fizemos quase 1 GW de projetos de geração: termelétricas a óleo e a gás; e também fomos pioneiros no negócio de geração eólica no Brasil. Durante esse período, observamos as oportunidades que surgiram no segmento de geração.

Tanto a fonte solar como o segmento de geração distribuída despertaram, de fato, o interesse de fazer um investimento um pouco mais relevante. Fizemos uma primeira planta de geração solar no Maranhão. Foi um projeto-piloto, para entendermos um pouco mais sobre a fonte. Agora, nos últimos meses, decidimos montar o negócio de geração distribuída.

E como será este primeiro investimento no mercado de geração solar?

Começamos com quatro parques que, somados, totalizam 15 MWp. Mas, temos em nosso portfólio um volume grande de oportunidades em avaliação. Pretendemos nos consolidar entre 200 MWp e 300 MWp de geração solar distribuída.

O senhor pode detalhar um pouco mais sobre estes quatro primeiro projetos?

Serão dois projetos em São Paulo e outros dois na Bahia. Eles foram desenvolvidos pela empresa SolarGrid, do Rio de Janeiro. Esses projetos estão todos em implantação. Nós adquirimos os projetos e estamos fazendo o investimento na sua implantação. Todos devem estar operacionais até o final do ano.

Gostaria também que falasse um pouco mais dos demais projetos que estão em análise.

Hoje, como eu disse, temos mais de 200 MWp, que somam mais de 40 projetos. Os empreendimentos de geração distribuída são menores e super fidelizados. Então, só para ter ideia, dos quatro primeiros projetos, o menor tem 1,2 MWp e o maior 6,2 MWp. Então, para alcançar esse número de 200 MWp, estamos falando de mais de 40 projetos. São diversos desenvolvedores. 

Nessa estratégia, diferentemente do que estávamos fazendo na geração centralizada, não estamos realizando o desenvolvimento dos projetos de geração distribuída. Nossa estratégia é atrair os desenvolvedores para se associarem conosco no desenvolvimento destas oportunidades.

Quais são as perspectivas com o mercado de geração solar?

Eu vejo com bons olhos. É um setor extremamente promissor por alguns motivos. Primeiro porque o custo de implantação de usinas solares tem caído de forma muito forte ao longo dos últimos anos. Até pouco tempo atrás, esse investimento era da ordem de R$ 7 milhões por MW. Hoje, estamos falando de números abaixo de R$ 6 milhões por MW. E esta ainda é uma curva, de certa forma, acentuada. Existe possibilidade de maior redução. 

Em segundo, os equipamentos estão sendo desenvolvidos com maior eficiência. Hoje, é possível extrair mais energia da mesma insolação. Por fim, especificamente no negócio de geração distribuída, você tem a oportunidade de gerar a energia muito perto do consumo. É diferente de grandes usinas como Itaipu, que demandam investimentos super relevantes em linhas de transmissão para escoar essa energia. Mas no caso da geração distribuída, você consegue pulverizar todas essas plantas de geração por todo o território nacional. Esses são os três principais fatores que me deixam super otimista. 

E como a empresa vai atuar nas demais fontes de geração?

Nós temos atuado tanto no setor de renováveis quanto no de geração convencional. Em renováveis, continuamos atuando no setor eólico. Hoje, operamos 109 MW de projetos desta fonte. Pretendemos até 2020 começar a tirar do papel um novo projeto de 150 MW. Isso depende muito da demanda do setor de energia do país, que está ligada à retomada do crescimento. Gostaríamos de firmar contrato de venda para esta energia ao longo do ano de 2020 para, quem sabe, ter esse empreendimento operando em 2022.

Também temos dois projetos termelétricos prontos para participar de leilões de energia. Um deles é no Espírito Santo, de 920 MW; e outro de 1,7 GW no Maranhão. São projetos movidos a gás.

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