SETE BRASIL QUER INDENIZAÇÃO DE US$ 138 MILHÕES POR PROPINA PAGA AO PARTIDO DOS TRABALHADORES
A Sete Brasil virou assistente de acusação do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato e solicitou o direito a receber US$ 138 milhões pelos danos, material e moral, provocados pela corrupção descoberta no escândalo Petrobrás. O caso está no âmbito da Operação Lava Jato, na justiça de Curitiba. A empresa, que está em recuperação judicial calculou um prejuízo de US$ 70 milhões com a propina arrecadada pelo PT e por agentes públicos da Petrobrás e executivos de seu quadro em contratos com os estaleiros Jurong, Brasfels, Enseada do Paraguaçu, Ecovix e Atlântico Sul. O cálculo consta de documento apresentado pela Sete Brasil em um dos processos abertos pelo de corrupção nas contratações de navios-sondas para exploração de petróleo em águas profundas. A empresa pediu a soma dos valores de propinas como indenização pelo dano material e a mesma quantia pelo dano moral. A Sete Brasil foi criada em 2010, último ano do governo Lula. Entre os principais sócios formadores da empresa estão o banco BTG Pactual, fundos de pensão federais Petros, Previ e Funcef, além da própria Petrobrás, minoritária. Juntos, os sócios aportaram R$ 8,3 bilhões na empresa.
A companhia passou a pleitear o direito de ser indenizada como vítima. O MPF foi contra a entrada da Sete Brasil como polo ativo da acusação, alegando que ela não é vítima, mas sim a Petrobrás. O cálculo toma como base a parte dela no 1% de desvios em todos os contratos dos 21 navios-sondas da Sete Brasil que seriam fornecidos para a Petrobrás. O esquema foi confessado por empresas e pelos agentes públicos da Petrobrás e por dois ex-executivos da Sete Brasil em suas delações premiadas. Um dos réus que confessou ter recebido pelos menos US$ 3,8 milhões em uma conta no exterior, o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque disse a Moro que dois terços do total arrecadado foi para o grupo político do PT, em uma divisão que teria beneficiado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro José Dirceu e a legenda.
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