SETOR DE ETANOL ESTIMA PREJUÍZO DE R$ 9,6 BILHÕES POR ANO COM O FIM DA CIDE | Petronotícias




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SETOR DE ETANOL ESTIMA PREJUÍZO DE R$ 9,6 BILHÕES POR ANO COM O FIM DA CIDE

Plinio-Nastari-01 copyO setor de etanol estima perda de receita de R$ 9,6 bilhões por ano com o fim da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide). Em palestra na feira Rio Oil & Gas, o presidente da Datagro, Plinio Nastari (foto), disse que a mudança explica o aumento do endividamento do setor, que superou R$ 66 bilhões no fim de 2013. Ele disse que a fabricação de açúcar está em queda há três anos e a produção de álcool caiu de 27,5 bilhões para 26,2 bilhões de litros na última safra. Segundo ele, entre os motivos estão as adversidades do clima, a crise financeira de 2008/2009 e as novas doenças trazidas pela palha que danificam equipamentos e encarecem a produção. Segundo ele, os investimentos serão retomados quando “houver uma percepção de intervenção mínima do governo no setor”.

Alan Hiltner, vice-presidente da Granbio, disse acreditar que surge uma nova perspectiva com a indústria de biocombustíveis de segunda geração. A empresa abre no Brasil uma unidade de fabricação de etanol celulósico nas próximas semanas. “É muito mais simples de implantar do que foi a de primeira geração e a de álcool. Basta resolver o problema da propriedade intelectual que é demorada no Brasil e reduzir o Capex”, destacou.

O biocombustível é a chave no processo de redução de emissões em um mundo que tem hoje 2 bilhões de veículos e 99% deles a gasolina e diesel, destacou o diretor do Departamento de Combustíveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles. “Nos últimos 50 anos, a produtividade cresceu 46% (cana) e 164% (milho) no Brasil. Há espaço para crescer mais”. Lembrou que a regularidade de suprimentos é decisiva para a evolução da indústria, que junto ao preço e a qualidade compõem uma política energética brasileira para biocombustíveis. Outro dado positivo mencionado por Dornelles foi o aumento na demanda de combustíveis leves no Brasil, que cresceu 8% ao ano desde 2006.

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